ORDEM DO DIA
Câmara de Cuiabá aprova projetos de combate a Ciberpedofilia e festa tradicional
Da Redação
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (26), na Câmara Municipal de Cuiabá, foram aprovados quatro processos que seguem para sanção do Poder Executivo municipal. Os vereadores foram favoráveis a projetos com foco na conscientização do combate à ciberpedofilia, a inclusão, nos eventos do município ao “Dia das Mães” e “Dia dos Pais”, nas unidades de ensino a revogação da Lei N° 6.891, de 28 de Dezembro de 2022, que autoriza a prefeitura a conceder direito real do uso de bem público ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e por fim, em regime de urgência simples, a integração da festa de aniversário do bairro Jardim Passaredo, o “Niver Fest”, no calendário oficial de eventos de Cuiabá.
Os parlamentares também apreciaram dois pareceres da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). O primeiro, com parecer pela aprovação, de autoria da vereadora Paula Calil (PL), foi o Projeto de Lei 21319/2025 que denomina a unidade básica de saúde da avenida E, do bairro Jardim Passaredo, como “Unidade Básica de Saúde Angelina da Silva Lucas”.
O outro parecer, pela rejeição, ao projeto de lei 8201/2025, com autoria do vereador Rafael Ranalli (PL), que propõe a proibição da utilização e a distribuição de livros com conteúdo erótico nas escolas do município de Cuiabá, foi derrubado pelos vereadores com 21 votos. Agora, o processo volta para análise da Comissão de Educação (CE).
Além dos projetos, foram apreciados e aprovados dois requerimentos de audiência pública. O primeiro de autoria da vereadora Dra. Mara (Podemos), com o objetivo de debater e buscar soluções para as questões relacionadas à prevenção e combate à violência física e psicológica nas escolas municipais. A outra audiência, com autoria do vereador Mário Nadaf (PV), irá discutir o possível projeto de autoria do Poder Executivo, que sugere a privatização da educação do município.
Entre as proposições aprovadas, destaca-se a proposta de enfrentamento a ciberpedofolia, de autoria do vereador Rafael Ranalli (PL). A iniciativa institui anualmente em novembro o “Mês de Conscientização e Enfrentamento da Ciberpedofilia”, com o objetivo de explicar à população, por meio de informativos, debates, palestras, audiências públicas e campanhas publicitárias, sobre o tema e as formas de prevenção, denúncia e combate a este crime.
Na justificativa, o projeto apresenta que na data de 18 de novembro, ficou reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “Dia Mundial para a Prevenção e Cura da Exploração, Abuso e Violência Sexual Infantil”, o que reforça a urgência de ações concretas que promovam a segurança, a dignidade e os direitos das crianças e adolescentes.
O que é Ciberpedofilia?
A ciberpedofilia consiste na prática de aliciamento, assédio, troca, posse ou divulgação de imagens de abuso sexual infantil por meios digitais, como redes sociais, aplicativos de mensagens, jogos online e plataformas de vídeo. Os agressores, muitas vezes, utilizam perfis falsos para ganhar a confiança de crianças e adolescentes e, posteriormente, extorqui-las, ameaçá-las ou induzi-las a atos de natureza sexual. Trata-se de um crime silencioso e em crescimento acelerado, com vítimas que, em muitos casos, permanecem invisíveis.