Policial reformado alega ouvir vozes e culpa “espíritos” por comportamento violento em acidente; vídeos

O soldado reformado da Polícia Militar,  Jeferson Santana Vieira, de 48 anos, prestou depoimento à Polícia Civil após se envolver em uma série de atos violentos no trânsito na Avenida Miguel Sutil e agredir jornalistas na noite de terça-feira (26). Durante a oitiva, o homem  alegou estar sendo perturbado por “vozes” e “espíritos” que o atormentam. Ele  disse ainda que não se recordava do que havia ocorrido, mas na sequência fala coisas desconexas e contrárias ao que inicialmente havia dito à autoridade. Ele disse que não tinha a intenção de agredir ou matar o motociclista que atropelou e na sequência pergunta se o condutor morreu. Ele foi preso por homicídio tentado, lesão corporal culposa na condução de veículo automotor e danos.

Segundo seu relato, ele afirmou que não saiu de casa com a intenção de agredir ninguém, mas acabou perdendo o controle emocional. “É esse capeta que fica por cima da minha cabeça, entendeu? Ele fica em cima da minha cabeça e vai lá no miolo”, disse aos investigadores. Apesar das declarações, o suspeito também afirmou que, no dia dos fatos, não havia ouvido nenhuma voz.

Jeferson ainda declarou que não faz uso de bebida alcoólica e que interrompeu o tratamento psicológico que vinha realizando por falta de recursos financeiros.

De acordo com o boletim de ocorrência, o ex-policial conduzia um Fiat Argo branco quando colidiu repetidamente contra um Ford Ka. Após o impacto, fugiu pela via de saída do Viaduto do Despraiado, onde acabou atropelando um motociclista. Ao ser detido e interpelado por jornalistas agrediu com um soco no rosto a jornalista Angélica Moraes. Um cinegrafista João Páscoa foi atingido com chutes.

A vítima do atropelamento foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao Hospital Municipal de Cuiabá.