IMÓVEL EM PROCESSO DE LEILÃO
Mendes reafirma que serviços da Santa Casa serão transferidos para Hospital Central, mas evita falar em fechamento
Kamila Araújo

O governador Mauro Mendes reafirmou nesta semana que os serviços atualmente oferecidos na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá serão migrados para o Hospital Central, cuja inauguração está prevista para dezembro. No entanto, ele evitou confirmar o fechamento da unidade, dando a entender que existem outros planos para o prédio histórico.
“O governo de Mato Grosso, ele sempre tem plano A e plano B para as principais as ações que ele está desenvolvendo. E nós estamos trabalhando com o plano A, plano B e plano C. […] Nós temos ali algumas estratégias. Fecharam ou não, mas os serviços que tem lá vão ser migrado para isso aqui [Hospital Central]”, declarou Mendes, ao justificar sua experiência pessoal com o hospital, onde realizou exame que identificou quatro costelas quebradas.
O governador destacou ainda que o governo mantém estratégias para o futuro da Santa Casa e que diversas alternativas estão sendo estudadas antes de qualquer decisão final sobre o imóvel.
“É igual você morar numa casa velha e dizer: Não, vou mudar para uma casa nova, mas eu tenho um valor sentimental muito grande pela aquela casa velha e vou morar nas duas. Quem faz isso?”, questionou.
O prédio da Santa Casa, com mais de 20 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 22,7 mil metros quadrados, está sob administração estadual desde 2019.
A unidade enfrenta dívidas trabalhistas e fiscais que somam cerca de R$ 48 milhões. O governo já investiu aproximadamente R$ 32 milhões no pagamento de salários atrasados e verbas de antigos funcionários, mas os valores não foram suficientes para quitar todas as pendências.
Atualmente, o imóvel segue em processo de leilão. A venda tem caráter exclusivo de liquidação das dívidas, sendo que equipamentos e móveis permanecem fora da negociação.
Apesar da possibilidade de alienação, o governo garante que a transferência dos serviços para o Hospital Central ocorrerá até o final do ano, assegurando a continuidade do atendimento à população.