PEC DAS PRERROGATIVAS
Max Russi critica PEC das Prerrogativas e defende igualdade de direitos: “Não somos uma casta acima do povo”
Da Redação

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), se posicionou de forma contundente contra a PEC das Prerrogativas, proposta que, segundo ele, representa um retrocesso democrático e um atentado contra os princípios da igualdade no serviço público.
“Vivemos um momento decisivo para nossa democracia. Não somos uma classe especial, não merecemos tratamento diferenciado e não podemos nos colocar acima daqueles que representamos”, afirmou Russi, em pronunciamento oficial.
O parlamentar afirmou que a luta contra os privilégios políticos não deve ser apenas uma bandeira política, mas sim um compromisso ético e institucional. Para ele, propostas como a PEC das Prerrogativas – que cria mecanismos de proteção especial para parlamentares – alimentam ainda mais a desconfiança da população nas instituições democráticas.
“Essa proposta representa tudo aquilo que combato: a criação de privilégios injustificados que distanciam ainda mais os representantes de seus representados, estabelecendo uma casta protegida no sistema político brasileiro.”
Segundo Max Russi, o papel do Legislativo é legislar em benefício do povo, promovendo justiça social, combatendo desigualdades históricas e garantindo o acesso da população aos serviços públicos essenciais.
“Nosso Estado tem experimentado crescimento econômico, mas ainda enfrentamos desafios importantes em termos de distribuição de renda, acesso à educação de qualidade, saúde e segurança. É nesses problemas reais que devemos concentrar nossos esforços.”
Contra privilégios, a favor da transparência
Ao defender uma Assembleia Legislativa transparente, ética e representativa, Russi afirmou que o exemplo precisa partir dos próprios parlamentares. Ele ressaltou que não se pode aprovar leis que criem mecanismos de proteção para políticos ao mesmo tempo em que se exige endurecimento da legislação penal para o cidadão comum.
“Como podemos cobrar leis mais rigorosas para quem comete crimes, se criamos mecanismos para nos proteger? Que exemplo queremos ser para a sociedade?”
O deputado também criticou a tentativa de alguns setores políticos de flexibilizar o princípio da igualdade perante a lei, considerado um dos pilares do Estado Democrático de Direito. Segundo ele, qualquer tentativa de blindagem institucional fere diretamente a confiança da população nos representantes eleitos.
“Representar o povo significa compreender que o poder político deriva da sociedade e deve ser exercido em seu benefício. Não somos proprietários dos cargos que ocupamos, mas usuários temporários com a missão de melhorar a vida de quem nos elegeu.”
Max Russi encerrou seu discurso fazendo um chamado aos parlamentares de todo o país, pedindo uma reflexão coletiva sobre o verdadeiro papel do Legislativo.
“A democracia brasileira precisa de representantes que não temam abrir mão de privilégios em favor da igualdade, que compreendam que nossa legitimidade vem do povo e deve ser constantemente renovada com trabalho sério e compromisso público.”
O parlamentar reiterou que seu posicionamento contra a PEC das Prerrogativas é uma convicção pessoal e institucional, e reafirmou seu compromisso com uma Assembleia Legislativa voltada à transformação social. “Acredito em uma política que seja instrumento de transformação positiva, em um Legislativo que sirva ao povo e não se sirva do poder