Após ONG pedir ajuda, Prefeitura garante amparo e diz que cães resgatados ainda passam por triagem

Mais de 60 cães de pequeno porte e de raça resgatados de um canil clandestino fechado no último dia 15, em Cuiabá, foram alocados em um único local parceiro da Prefeitura de Cuiabá. A medida, segundo a diretora da Bem Estar Animal, Morgana Thereza Ens, foi tomada justamente para garantir o controle rigoroso sobre a saúde e o destino dos animais, que passam agora por avaliação clínica e triagem documental.

Apesar da grande repercussão do caso, com quase 100 pessoas já manifestando interesse em adotar os cães, a diretora reforça que as adoções ainda não foram liberadas. A prioridade no momento é a triagem criteriosa dos animais e das possíveis famílias adotantes.

“Neste primeiro momento, não foram destinados a casas justamente para não se perder o controle do quantitativo de animais. Inicialmente, a denúncia falava em 15 cães e cinco filhotes, algo que seria facilmente gerenciável pela Prefeitura. Mas o número real surpreendeu e exige cuidado redobrado”, explicou Morgana.

Na manhã desta quinta-feira (19), a ONG Lunnar, uma das entidades que recebeu parte dos animais, divulgou um vídeo emocionado pedindo apoio da população. A organização afirma estar sobrecarregada, já que além dos novos cães, continua cuidando dos animais que já estavam sob sua tutela.

A diretora da Bem Estar Animal informou que os cães estão passando por exames de sangue e avaliações clínicas, com apoio de clínicas veterinárias especializadas. A triagem está sendo feita de forma documentada e transparente, inclusive com acompanhamento do Ministério Público. Declarou ainda que Cuiabá irá destinar mil quilos de ração, além de medicamentos para atender a demanda.

“Nosso objetivo não é manter esses animais nas ONGs, muito menos sobrecarregá-las. Mas também não vamos permitir que sejam adotados apenas por serem de raça ou pequenos. Adoção responsável requer critérios como espaço adequado, compromisso e responsabilidade com o bem-estar do animal”, ressaltou Morgana.

Ela reforçou ainda que a equipe está coletando informações das famílias interessadas — como tipo de moradia, rotina e histórico com animais — para garantir que os cães sejam adotados com segurança e responsabilidade.