SOB INVESTIGAÇÃO
Polícia descarta versão de PM sobre descarte de arma e moto usadas na morte de personal trainer
Da Redação

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) descartou a versão apresentada pelo soldado da Polícia Militar Raylton Duarte Mourão, que confessou o assassinato da personal trainer Rozeli da Costa, ocorrido em 11 de setembro, no bairro Canelas, em Várzea Grande. Em interrogatório, o militar afirmou ter jogado o revólver calibre 38 utilizado no crime em um rio no estado do Pará e que a motocicleta também teria sido descartada. Para o delegado Bruno Abreu, os relatos não são consistentes.
“Ele afirma que teria ido até o Pará para jogar o revólver, mas essa narrativa não convence. A perícia já encontrou fragmentos que confirmam se tratar de uma arma calibre 38. Sobre a moto, ele disse que não sabia onde estava, mas também não apresentou explicações concretas”, destacou Abreu.
Além de Mourão, a polícia busca identificar o comparsa que teria pilotado a motocicleta no dia do crime. “Ele buscou esse comparsa, praticou o crime e o deixou a pé para tentar dificultar a investigação. Ainda não revelou quem é, mas estamos trabalhando para identificar. Se conseguimos localizar e prender um policial em dois dias, podem ter certeza que esse segundo envolvido também será descoberto”, afirmou o delegado.
Durante o depoimento, o soldado demonstrou arrependimento e disse que, se tivesse conversado com a esposa, a farmacêutica Aline Kounz, talvez não teria cometido o crime. Ela se apresentou à polícia nesta terça-feira (23) e deve prestar esclarecimentos. Até o momento, não há provas de participação direta dela na execução, mas a conduta de ter fugido e ocultado provas motivou o pedido de prisão preventiva.
Rozeli da Costa foi assassinada a caminho do trabalho. Ela dirigia quando foi atingida com quatro disparos. O soldado PM e o cúmplice – ainda não identificado – estavam em uma moto e efetuaram os disparos.