DEFENSOR DO GOVERNADOR
“Todo mundo sabe que não tinha viabilidade o VLT”, afirma Dilmar Dal Bosco
Thalyta Amaral
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União) saiu em defesa do governador Mauro Mendes (União), que enfrenta desgaste político em razão das obras do BRT (Bus Rapid Transit, ou ônibus de trânsito rápido), que mais uma vez não cumpriram os prazos estabelecidos. “Todo mundo sabe que não tinha viabilidade o VLT [Veículo Leve sobre Trilhos]”, argumentou, ao justificar a escolha pela implantação do BRT.
O VLT foi anunciado em 2012 como obra de mobilidade urbana para atender Cuiabá e Várzea Grande durante a Copa do Mundo de 2014. No entanto, o contrato inicial foi rompido em 2017, após sucessivos atrasos, paralisações e denúncias de superfaturamento.
Em 2021, o governador Mauro Mendes decidiu abandonar o modal ferroviário e substituí-lo pelo BRT. A justificativa apresentada foi de que o sistema de ônibus seria mais barato, rápido de implantar e com custo operacional reduzido.
Além das críticas por abandonar os mais de R$ 1 bilhão já investidos no VLT, Mendes passou a ser alvo de questionamentos da opinião pública pelos atrasos na execução do BRT, especialmente no trecho da Avenida do CPA, onde o acordo que estendia o prazo de entrega venceu no início de outubro.
Apesar dos contratempos, Dilmar afirmou à imprensa que o governo estadual concluirá as obras. “Eu acho que o governador tem todo um compromisso com o estado de Mato Grosso de entregar o BRT. (…) Se o Mauro sair ou não sair, o governo de Mauro e Otaviano [Pivetta] vai entregar o BRT”.
Sobre a troca de modal, o parlamentar defendeu que a decisão foi a mais adequada para a realidade local. “Todo mundo sabia que não tinha viabilidade o VLT por questão de custo, para como você fazia a integração do sistema de transporte coletivo (…) como seria o preço para atender a demanda da sociedade, quem ia pagar essa diferença do preço do custo elevado de um VLT”.
“Então foi feito um pré-estudo de um VLT que não era viabilizado para o estado de Mato Grosso, para a nossa capital. Aí demorou-se muito por briga jurídica e definiu pelo Governo do Estado a questão do BRT. Eu acho que o Governo do Estado vai entregar o BRT”, defendeu.