GANHOU R$500 POR CRIME
Justiça mantém prisão temporária de comparsa de PM que matou personal
Kamila Araújo
A Justiça manteve a prisão temporária de Vitor Hugo Oliveira da Silva, 23 anos, suspeito que auxiliou o policial militar Raylton Mourão na execução da Personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, 33, em Várzea Grande. Ele pilotava a moto utilizada no crime.
A prisão foi mantida durante audiência de custódia por decisão do juiz Pirrro de Faria Mendes.
“Mantenho a prisão temporária do custodiado, por não se constatar a existência de fatos novos aptos a ensejar sua revogação, tampouco elementos que evidenciem a suficiência ou adequação da substituição por medidas cautelares diversas”, diz trecho do despacho proferido na tarde desta quarta-feira (1).
Vitor Hugo foi preso nesta terça-feira (30) na na BR-070, quando seguia para Cáceres. Em interrogatório na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, ele confessou que pilotava a moto no momento do crime, mas disse que não sabia sobre os fatos.
Segundo o delegado Bruno Abreu, responsável pelo caso, o comparsa afirmou que o PM o procurou com uma proposta vaga, informando que “a missão seria para carpintar”, termo usado para mascarar a verdadeira intenção: a execução da vítima.
O crime
Rozeli foi assassinada na manhã do dia 11 de setembro, no momento em que saía de casa, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande, rumo à academia onde trabalhava. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens em uma moto se aproximam do veículo da vítima. O garupa, identificado como o PM Raylton Mourão, efetuou vários disparos de arma de fogo contra ela. Rozeli morreu ainda no local.
A motivação apontada pela investigação envolve uma ação judicial movida por Rozeli contra a empresa de Raylton e sua esposa, Aline Valandro Kounz, por conta de um acidente de trânsito. A personal trainer buscava reparação de R$ 24,6 mil por danos materiais e morais, valor que vinha sendo cobrado na Justiça.