A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (3), mais uma fase da Operação Sisamnes, que investiga um esquema criminoso de venda de sentenças no Judiciário. O empresário Andreson de Oliveira voltou a ser alvo da PF, com cumprimento de mandado judicial em Primavera do Leste, onde reside. Ele é apontado como peça-chave no suposto esquema de corrupção que envolveria pagamentos de até R$ 100 mil a servidores e assessores de magistrados em troca de decisões favoráveis. Ele é investigado como lobista também na compra de decisões com assessores do STJ.
O nome de Andreson veio à tona após mensagens encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri — assassinado a tiros em 2023 — revelarem o possível envolvimento de lobistas e magistrados na venda de decisões judiciais.
Segundo a PF, Andreson seria o elo entre advogados, lobistas e integrantes do Judiciário. Ele foi preso e em julho deste ano e, desde o dia 18 daquele mês, cumpre prisão domiciliar por decisão judicial. Durante o período de reclusão, perdeu mais de 30 quilos, segundo apuração de fontes próximas ao caso.
As mensagens extraídas do celular de Zampieri indicam que o empresário atuava como intermediário, garantindo decisões judiciais mediante pagamento. Em uma das tratativas monitoradas, há menção direta à quantia de R$ 100 mil como valor de propina para influenciar sentenças.
A ação decorre de medida determinada pelo ministro do STF, Cristiano Zanin. Uma pessoa teria sido presa.