NÃO FOI O SUFICIENTE
Abilio defende nova CPI para investigar CS Mobi e ampliar apuração sobre estacionamento rotativo
Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou nesta quinta-feira (10) que apoia a abertura de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal para investigar a empresa CS Mobi, responsável pela gestão do estacionamento rotativo na capital.
Segundo o prefeito, a atual CPI do Estacionamento Rotativo, presidida pelo vereador Ranalli Franco (MDB), não teve escopo suficiente para analisar todas as etapas do processo, especialmente a formatação da licitação e do Plano de Mobilidade Urbana (PME), o que justificaria a criação de uma nova comissão.
“Acredito que vale sim uma nova CPI, principalmente por uma questão de escopo. Pelo que eu entendi, o vereador Ranalli demonstrou que o objeto da CPI que ele preside não abrangia desde a formatação da licitação e do PME. E durante o processo de uma CPI você não pode ampliar o objeto de investigação. Então, só uma nova CPI pode apurar esse novo fato determinado”, explicou Brunini.
Nova CPI deve focar em possíveis irregularidades na licitação
A nova comissão está sendo articulada pelos vereadores Tenente Dias (Cidadania), que deve assumir a presidência, e Dilemário Alencar (União Brasil), cotado para a relatoria. A vereadora Dra. Mara (Podemos) também foi convidada para compor o grupo.
De acordo com informações da Câmara, a formação da CPI será oficializada após votação no Colégio de Líderes, que decidirá a composição definitiva. A nova investigação deverá ter foco específico na licitação que deu origem ao contrato com a CS Mobi — e não apenas na execução, como ocorre na CPI atual.
Brunini destacou que o objetivo é garantir a continuidade das apurações sobre um contrato que, segundo ele, “tem relevância e impacto de longo prazo para o município”.
No final do mês passado, prefeito encaminhou à Câmara novos documentos que apontariam possíveis irregularidades e indícios de direcionamento no processo licitatório da CS Mobi. As informações foram entregues poucos dias antes do prazo final para a conclusão dos trabalhos da atual CPI, o que motivou a proposta de abertura de uma nova investigação.
O contrato com a empresa — que administra o estacionamento rotativo nas vias públicas de Cuiabá — tem sido alvo de críticas e controvérsias desde sua implantação, em razão de questionamentos sobre o modelo de cobrança, a fiscalização e a transparência do processo licitatório.