CORRIDA AO GOVERNO
Russi diz que saída de Fagundes da disputa e apoio do PL a Pivetta “mudam o tabuleiro político” em Mato Grosso
Kamila Araújo
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), afirmou que a eventual saída do senador Wellington Fagundes (PL) da disputa pelo governo do Estado e o possível apoio do PL à candidatura de Otaviano Pivetta (Republicanos) mudariam completamente o cenário político para o pleito do próximo ano. Segundo ele, a movimentação “balança o tabuleiro” e redefine composições e alianças já em andamento.
“Se isso acontecer, vai mudar o quadro político em Mato Grosso. Muda-se as composições, os arranjos. Isso realmente balança o tabuleiro, porque, ao tirar um candidato da disputa, estamos retirando alguém que, em algumas pesquisas, lidera o cenário eleitoral atualmente”, afirmou Russi nesta quarta-feira (22).
O parlamentar destacou que a retirada de Fagundes teria impacto direto nas articulações partidárias, especialmente por se tratar de um nome com força eleitoral consolidada. Ele lembrou que a política mato-grossense é imprevisível e que acordos feitos nos bastidores nem sempre se traduzem em bons resultados.
“Já participei de várias eleições e muitas vezes o que se costura por trás acaba sendo pior na prática”, disse, citando exemplos de disputas históricas, como a de 1998 e eleições em Várzea Grande.
Futuro presidente estadual do Podemos, Russi afirmou que seu partido ainda não discutiu alianças majoritárias para 2026 e que, por ora, o foco é montar uma chapa competitiva de candidatos a deputado estadual e federal. “Nosso objetivo agora é estruturar bem o partido, com nomes fortes e principalmente mulheres com potencial de voto para alcançar o coeficiente eleitoral”, ressaltou.
Russi também garantiu que não foi consultado sobre possíveis apoios ao governo estadual ou ao Senado, e disse que qualquer decisão será tomada de forma coletiva. “O Podemos está aberto a composições, mas isso só será discutido no próximo ano, com diálogo entre todos os filiados e pré-candidatos”, afirmou.
Segundo ele, o compromisso atual é com a condução da Assembleia. “Neste momento, meu foco é ser um bom presidente. O eleitor vai decidir no momento certo, e a nossa proposta será construída com base no que for melhor para Mato Grosso”, concluiu.