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MUNDO VERDE

Abrapa destaca na COP30 o algodão brasileiro como alternativa limpa à indústria têxtil sintética

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A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), apresentará no dia 12 de novembro, painel dedicado à fibra natural no Pavilhão “AgroBrasil”. O espaço coordenado pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), integra a programação da “AgriZone”, ponto de encontro da agricultura sustentável construído pela Embrapa para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá na cidade de Belém do Pará.

Sintéticos emitem 80% mais gases de efeito estufa que a fibra natural Nas últimas décadas, o consumo fibras sintéticas ultrapassou o de fibras naturais na indústria têxtil, impulsionadas principalmente pelo baixo custo de produção. O que parece uma vantagem econômica se transforma em uma dívida ambiental difícil de quitar. Os “tecidos plásticos”, como o poliéster, são feitos a partir do petróleo, não são renováveis e são responsáveis por emissões significativas de gases poluentes, como o CO2, que contribuem para o efeito estufa e mudanças climáticas.

De acordo com dados da Textile Exchange, em 2024 a fabricação de roupas compostas por fibras sintéticas correspondeu a 161 milhões de toneladas de gases de efeito estufa liberados na atmosfera, contra 34 milhões de toneladas produzidas pela confecção de peças de fibras naturais, gerando 80% menos emissões do que confecção das peças baseadas em petróleo.

A poluição por microplásticos é mais um ponto crítico em relação às fibras sintéticas, como mostram estudos recentes. Têxteis feitos a partir de materiais fósseis são responsáveis por 35% de toda a poluição primária por microplásticos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) essas partículas, liberadas durante a lavagem e o uso das roupas, já foram encontradas no ar, na água e até no corpo humano, representando riscos potenciais à saúde, como inflamações e desequilíbrios no sistema endócrino.

Para o presidente da Abrapa, Gustavo Piccoli, a transformação do setor têxtil exige uma ação conjunta entre consumidores, indústria e governos. “O consumidor precisa estar consciente sobre suas escolhas, mas essa mudança só será possível com políticas públicas que incentivem a produção e o consumo sustentáveis”, afirma.

Segundo Piccoli, a participação da Abrapa na COP30 tem como foco justamente ampliar esse debate, mostrando o que o setor já vem fazendo na área de sustentabilidade e reforçando a importância de conhecer a origem e o material das roupas que vestimos. “Queremos mostrar o verdadeiro significado de escolher uma fibra natural e, com isso, chamar a atenção para a importância de consumir de forma consciente”, conclui.

Programa ABR será destaque na programação

Como parte da programação do dia 12/11 na AgriZone, dedicado a “Grãos e Fibras”, o gerente de sustentabilidade da Abrapa, Fábio Carneiro, ministrará o painel “O algodão como opção natural e competitiva na matriz têxtil: conectando o campo ao consumidor”. Durante a apresentação, Carneiro destacará o trabalho de sustentabilidade desenvolvido nas fazendas de algodão do Brasil através do Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR).

O painel também abrirá espaço para debates sobre a rastreabilidade, e a importância do consumo das fibras naturais para a redução do lixo plástico e da emissão de CO2. Criado em 2012 por iniciativa dos produtores, o ABR reconhece e promove boas práticas sociais, ambientais e econômicas nas fazendas de algodão do país.

Auditado por certificadoras internacionais, estabelece 195 itens de conformidade que asseguram o respeito à legislação trabalhista e ambiental, a eficiência no uso dos recursos naturais e o compromisso com o desenvolvimento sustentável do setor algodoeiro. São verificados aspectos como gestão de recursos hídricos, conservação da biodiversidade, desenvolvimento regional, saúde do solo, manejo integrado de pragas e ações voltadas à adaptação e mitigação climática.

Segundo Carneiro, esses critérios colocam o Brasil na liderança mundial em algodão certificado socioambientalmente. Atualmente, 83% das fazendas de algodão no Brasil possuem certificação concedida pelo ABR e pela Better Cotton. Na safra 2023/2024, a produção brasileira respondeu por mais de 48% das 5,47 milhões de toneladas certificadas globalmente.

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