POSSE
Novo desembargador, Ricardo Almeida defende aproximação da Justiça com a sociedade
Nickolly Vilela
O novo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Ricardo Almeida, defendeu que o magistrado deve manter proximidade com a sociedade para compreender “as angústias e as necessidades daquilo que ela clama”.
O advogado tomou posse nesta segunda-feira (10) pelo quinto constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) e afirmou que pretende usar sua experiência de mais de duas décadas na advocacia para contribuir com uma Justiça mais pacificadora e acessível.
Durante a entrevista após a cerimônia, Almeida reforçou o propósito de colocar sua trajetória profissional a serviço da pacificação social. “Todo o conhecimento, todas as experiências vividas, os erros e os acertos, a gente utiliza agora em prol da Justiça. Eu acredito, como disse no meu discurso, na Justiça pacificadora, naquela que leva a paz ou procura de todas as formas levá-la”, declarou.
Indicado pelo governador Mauro Mendes (União), Almeida negou que tenha havido influência política na escolha. “Acredito que ele tenha escolhido de acordo com a consciência dele, com toda certeza”, afirmou.
Com passagem pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Almeida vai integrar a Terceira Câmara Criminal do TJMT. Questionado sobre temas como supersalários e aposentadoria compulsória, ele afirmou que ainda irá se aprofundar nas discussões. “Está muito cedo para falar sobre isso. Vou analisar com mais profundidade”, pontuou.
O desembargador também destacou a importância do quinto constitucional na oxigenação do Judiciário. “A participação do quinto traz uma vivência do outro lado do balcão, e a gente leva essa experiência para dentro do tribunal”, explicou.
Ele elogiou o desempenho do TJMT, que está prestes a receber o Selo Diamante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e disse que pretende fortalecer práticas voltadas à eficiência e à justiça restaurativa. “Logo que eu entre em exercício, vou me inteirar de todas as práticas e núcleos, e fazer o possível para fortalecer essas iniciativas dentro do tribunal”, afirmou.
Ao comentar sobre a imagem do Judiciário, Almeida disse preferir valorizar as virtudes da instituição. “O Judiciário brasileiro realiza um trabalho heroico. A gente pode olhar o copo meio cheio ou meio vazio. Eu prefiro ver o copo cheio”, concluiu.


