EM 74 COMARCAS
Com mais de 1.650 atendimentos, projeto fortalece acolhimento aos servidores do TJ
Da Redação
Resultados do projeto “Servidores da Paz” foram apresentados nesta quinta-feira (13) no Seminário “Justiça Restaurativa na Educação e na Ambiência Institucional”. De acordo com os números demonstrados, mais de 1.650 servidores já foram atendidos pelo projeto, que está presente no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e em 74 comarcas do estado.
O seminário é realizado pelo Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur) do TJMT. Parte das celebrações da Semana Nacional da Justiça Restaurativa, o evento reúne nesta quinta e sexta-feira (14) magistrados e servidores do Poder Judiciário, professores e especialistas da área, no Auditório Gervásio Leite, no Palácio da Justiça, em Cuiabá.
Os números foram apresentados pelo gestor de projetos do NugJur, Wellington Corrêa, no painel “Servidor da Paz: protagonismo e resultados”. Segundo o balanço, neste momento a atividade conta com 411 servidores da paz, sendo 71 no Tribunal de Justiça. Wellington destacou que, apesar de importantes, a atuação do projeto vai além dos números.
“Os números são importantes para sabermos quantos círculos da paz foram realizados, quantos facilitadores temos à disposição, e para que possamos expandir. Mas pensamos além, porque eles precisam fazer sentido. O NugJur não está preocupado em formar facilitadores por formar. Queremos que essa pessoa ajude a disseminar a justiça restaurativa”, argumentou.
O gestor explicou ainda que o projeto nasceu em 2023, idealizado pela desembargadora Clarice Claudino da Silva. Os Servidores da Paz são profissionais comprometidos em promover justiça, igualdade e cultura da paz, atuando como agentes de transformação social. Para isso, precisam colocar em prática habilidades como escuta ativa, empatia e comunicação.
“O objetivo é ouvir o servidor, dar a ele essa oitiva empática, escutá-lo de verdade. Passamos um terço da nossa vida no trabalho e, muitas vezes a gente não tem tempo para ouvir o colega sobre sua vida fora do muro. A gente não conhece as dores do colega ao lado. Então, o Servidor da Paz nasceu com essa visão de dar esse acalento para esse colega”, completou.
Para se tornar um facilitador, o servidor passa por um processo de qualificação denominado Trilha de Aprendizagem. No total são sete módulos que devem ser concluídos, sendo que, a partir do terceiro o voluntário já é considerado apto a realizar
Círculos de Construção de Paz de menor complexidade.
“É uma iniciativa que estreita relações, pois nos faz compreender o outro. O Círculo promove a aproximação. E os facilitadores podem ser magistrado, servidor, credenciado, estagiário. Todos aqueles que atuam no Poder Judiciário de Mato Grosso. É muito importante que tenhamos cada vez mais pessoas envolvidas”, pontuou Wellington Corrêa.


