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CRIME EM LUCAS DO RIO VERDE

Filha repudia laudo que declara inimputável o autor do feminicídio brutal de sua mãe

Da Redação

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Indignação. É esse o sentimento que toma conta de Caroline Fernandes ao saber que o engenheiro agrônomo Daniel Bennemann Frasson foi considerado inimputável por um laudo psiquiátrico que aponta um quadro grave de depressão. Daniel é autor do assassinato da própria esposa, Gleici Keli Geraldo de Souza, de 34 anos, morta enquanto dormia, com oito facadas, além da tentativa de assassinato da filha do casal, de apenas sete anos. O crime ocorreu em junho deste ano, na casa onde a família vivia, em Lucas do Rio Verde.

Após matar a esposa, Daniel ainda esfaqueou a filha, que sobreviveu após permanecer 22 dias internada para se recuperar das lesões. Em seguida, ele desferiu golpes contra o próprio peito e foi levado a um hospital, onde recebeu atendimento e acabou preso em flagrante pelo feminicídio e pela tentativa de homicídio da criança.

Nas redes sociais, Caroline, filha de Gleici, o laudo que isenta o agressor de responsabilidade penal afronta a memória da mãe e a dor da família. Em um desabafo emocionado, ela questiona a conclusão dos peritos e descarta qualquer argumento que sugira incapacidade mental súbita por parte do autor do crime.

“Meus questionamentos a esse laudo são: como alguém que se formou, que trabalhava, que já tinha carteira assinada, que tem um CNPJ, que já tirou o passaporte, que dirigia, que fazia todas as atividades rotineiras possíveis, pode ter sido dito como mentalmente insano? Estava com depressão, tomava remédio, surto psicótico, aplicou Ozempic (essa é ótima). Às vezes parece uma piada de muito mau gosto”, relata.

Ela prossegue destacando o comportamento controlado e calculado de Daniel ao longo dos anos: “Engraçado que quando ia fazer churrasco, beber, fazer festa ou discutir com a minha mãe por qualquer coisinha, estava em plena faculdade mental. Quando ele fazia planilhas no computador sobre tudo que ela gastava para depois cobrá-la, ele era são. Quando fazia questão de estragar datas comemorativas, que sempre foram importantes para minha mãe, ele estava lúcido.”

Para Caroline, as condutas demonstradas por Daniel revelam padrões de abuso emocional, manipulação e controle – e não sinais de incapacidade mental. “Maldade, crueldade, egoísmo, inveja não são doenças, são escolhas”, afirma.

A filha da vítima também rebate, com firmeza, a ideia de que o autor não compreendia o que estava fazendo no momento do crime. “Como alguém incapaz de compreender o que estava fazendo abraça a própria filha pedindo desculpas por ter assassinado a mãe dela? Como alguém em surto manda mensagem para o irmão contando o que fez, conversa ao telefone? Silêncio e depoimento não é surto, é autodefesa.”

Ela reforça que não nega a importância do debate sobre saúde mental, mas critica o uso desse argumento como subterfúgio para um crime marcado por extrema crueldade.
“Não banalizo a saúde mental de forma alguma. Mas usá-la como saída, porque sabe que talvez seja a única para justificar um crime tão cruel, é, no mínimo, um insulto”, finalizou.

 

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