SIMCAR
Secretária diz que COP não atingiu objetivo e reforça cobrança de Mauro Mendes por aporte real de países ricos
Da Redação
A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, reforçou o entendimento do governador Mauro Mendes de que a COP 30 não serviu ao propósito real, ao não apresentar compromissos financeiros proporcionais ao tamanho do desafio global.
Segundo ela, apesar de acordos assinados e avanços diplomáticos, o resultado está muito aquém do necessário. “Firmamos compromissos importantes e avançamos em acordos, mas, como disse o governador, eles ainda não representam a escala necessária para Mato Grosso. Quando ampliamos essa análise para o cenário mundial, fica evidente que a COP não entregou o resultado esperado”, afirmou.
A declaração ecoa o posicionamento firme de Mauro Mendes em Belém (PA), onde o governador cobrou que países desenvolvidos cumpram as promessas feitas há décadas de financiar a preservação de florestas tropicais. “Não queremos migalhas; coloquem a mão no bolso”, disse o governador, ao criticar o anúncio global de R$ 5,5 bilhões – valor muito distante dos US$ 100 bilhões anuais que vêm sendo prometidos ao longo das conferências climáticas.
Mauren destacou que, diante da insuficiência das cooperações internacionais, Mato Grosso avança com modelos próprios e mais consistentes de preservação.
Ela citou o novo sistema de compensação ambiental, que permite que produtores financiem a proteção de outras áreas e regularizem seus passivos de forma transparente e rastreável.
“Mato Grosso possui mais de 500 assentamentos rurais, e muitos deles agora poderão acessar o sistema e avançar na regularização. Já lançamos quase 25 mil lotes individuais no Simcar Assentamento, o que representa ao menos 60 mil famílias beneficiadas”, explicou.
No módulo de compensação, acrescentou, o Estado já validou mais de 600 cadastros aptos a cumprir a fase final de regularização ambiental. Com a publicação do decreto, a Sema fará um chamamento público para que produtores acessem o sistema, enviem suas informações e habilitem áreas que poderão ser ofertadas para compensação ambiental.
“Esse modelo, para mim, é hoje a estratégia mais consistente para reduzir o desmatamento em Mato Grosso”, concluiu.


