SUPOSTO FLAGRANTE
Faissal cobra investigação da Corregedoria da PJC sobre delegado que prendeu médico
Da Redação
O deputado estadual Faissal (Cidadania) protocolou na sessão da manhã desta quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), um requerimento solicitando uma apuração da Corregedoria da Polícia Civil sobre a conduta do delegado Pablo Carneiro. O pedido refere-se a uma ação policial que resultou na prisão em flagrante de um médico no interior do Hospital Femina, em Cuiabá, por suposta prática ilegal da medicina.
De acordo com Faissal, a prisão teria sido determinada pelo delegado com base em informações repassadas por um agente de segurança sem qualificação técnica para avaliar a legalidade de um procedimento médico. No documento, o deputado citou um posicionamento do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) sobre o caso, classificando a situação como abuso de autoridade, já que o profissional era habilitado.
O parlamentar explicou que Pablo Carneiro prendeu em flagrante o médico, que é residente em anestesiologia, e que o atendia em uma consulta pré-cirúrgica. Outros profissionais que atuam na unidade buscaram tentar entender o episódio e o policial civil chegou a ameaçar uma das médicas, dizendo que na viatura que estava a caminho para conduzir o profissional à delegacia caberiam mais pessoas presas. No documento, Faissal pede que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil apure a conduta do delegado.
“Estou fazendo este requerimento para que a Corregedoria apure a atuação deste delegado, que eu considero grave, a pedido do Conselho Regional de Medicina. O médico estava no hospital, em uma consulta de anestesia, e quando o delegado percebeu que ele era ainda residente, deu voz de prisão e chamou o camburão. A gente sabe que, residente ou não, o médico é médico, igual o advogado, que não precisa ter especialidade para fazer consultas. O que se viu aí, foi um abuso de autoridade. Queremos ver preso em camburão é traficante, bandido, estelionatário, assassino, feminicida, estuprador e assaltante e não médico, que trabalha a favor da população”, afirmou Faissal.


