Wellington Fagundes defende anistia e critica impacto da prisão de Bolsonaro na imagem do Brasil

O senador e pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL), avaliou que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro representa um momento delicado para o país. Para o parlamentar, a detenção “é ruim para o Brasil”, especialmente por envolver, segundo ele, a maior liderança popular em atividade.

“Olha, a prisão do Bolsonaro, ela é ruim para o país. Porque a maior liderança que esse país tem, popular, e nós do PL continuamos lutando. Hoje mesmo eu tô vindo de Brasília, tivemos reuniões lá e vamos insistir nessa tecla e a anistia para o presidente Bolsonaro e para todos aqueles injustiçados e é uma discussão permanente que nós estamos fazendo e o nosso partido vai insistir nisso”, afirmou.

Wellington destacou que o impacto externo também preocupa. Ele lembrou que a comunidade internacional observa com estranhamento o fato de o Brasil registrar, pela segunda vez, a prisão de um ex-presidente, e agora também de militares graduados.

“É claro que a imagem do Brasil lá fora, de mais um presidente da República preso — e no caso do anterior, preso por denúncia de corrupção, não só dele, do partido inteiro. O presidente Bolsonaro preso por outra situação, não por corrupção — mas também é uma imagem que fica ruim. Porque não é só o presidente Bolsonaro que tá preso. Militares, pela primeira vez na história do Brasil, foram presos militares de alta patente”, disse.

O senador reforçou que, no atual contexto, não se trata de acusações de corrupção, mas de “crimes políticos”, o que, segundo ele, tende a agravar ainda mais a percepção externa. “São dois tipos de prisão. No caso agora, mais intensa, porque são vários generais, almirantes, ou seja, militares de alta patente que estão presos, decretado. E isso tudo lá fora é muito ruim.”

Wellington Fagundes afirmou ainda que o PL continuará debatendo o tema internamente, especialmente em razão da proximidade das eleições de 2026. Para ele, o processo eleitoral não será completo sem a participação do ex-presidente.

“Agora, nós vamos continuar discutindo aqui internamente. Nós temos um processo ainda, principalmente focado para o ano que vem, que serão as eleições. E a posição do PL eu sempre coloquei: ‘não serão eleições democráticas se o presidente Bolsonaro não tiver presente’. Nós vamos continuar insistindo nisso.”