POR CIÚMES
Jovem que tentou queimar a esposa viva é condenado a 35 anos de prisão
Da Redação
Foi condenado a 35 anos de prisão Kauan Souza Gusmão pelo crime de feminicídio qualificado. Ele tentou queimar a esposa viva por causa de ciúmes, em janeiro deste ano. O jovem de 19 anos chegou a ficar foragido por quase três semanas, mas acabou preso escondido em uma igreja em Nobres (146 km a médio-norte de Cuiabá).
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), o crime aconteceu na residência do casal, três meses após o nascimento da filha. Por ciúmes, ele amarrou a esposa com um cinto, jogou álcool sobre seu corpo e ateou fogo, causando queimaduras em 88% do corpo da jovem.
O Conselho de Sentença reconheceu três qualificadoras: emprego de fogo, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime cometido no período pós-parto. Além disso, foram consideradas agravantes como a reincidência e a relação conjugal, enquanto as atenuantes foram a confissão parcial e a menoridade relativa, já que o réu tinha menos de 21 anos à época dos fatos.
A pena foi fixada em 35 anos de reclusão, após a aplicação das causas de aumento previstas no Código Penal, que elevaram a reprimenda ao patamar máximo devido à brutalidade do crime. O regime inicial será fechado, e não há possibilidade de substituição por penas restritivas de direitos ou suspensão condicional, em razão da gravidade do delito, reincidência e circunstâncias judiciais desfavoráveis. A execução da pena é imediata.
“O Conselho de Sentença reconheceu a gravidade extrema do crime, que envolveu qualificadoras como o emprego de fogo, a impossibilidade de defesa da vítima e a circunstância de ter ocorrido no período pós-parto. A pena de 35 anos de reclusão reflete não apenas a brutalidade da conduta, mas também a necessidade de proteger a vida e reafirmar que a violência doméstica é intolerável”, destacou o promotor de Justiça Willian Ogudo Ogama.



