INVASÃO DE ÁREAS
Mendes critica medida de Abílio e reafirma que governo é contra: “Não é justo”
Da Redação
O governador Mauro Mendes (União Brasil) voltou a se posicionar, nesta terça-feira (2), sobre o anúncio feito pelo prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), que prometeu regularizar a área ocupada no Contorno Leste. A visita e o pronunciamento do prefeito no local, no fim de semana, geraram forte repercussão na Câmara Municipal, em meio às críticas sobre incentivo a novas invasões e à grilagem de terras.
Questionado se a possível regularização poderia estimular outras ocupações irregulares, Mendes evitou prolongar a polêmica, mas reafirmou o posicionamento do Estado.
“Eu não quero ficar remoendo esse assunto. O governo é contra invasão, o governo não apoia nenhum tipo de invasão”, afirmou.
O governador destacou que a falta de moradia é um problema nacional, mas ressaltou que existem políticas públicas específicas para atender famílias que precisam de habitação.
“Temos um bom programa (Ser Família Habitação) para ajudar as pessoas a comprar sua casa própria. O Governo do Estado de Mato Grosso dá de R$ 25 a R$ 35 mil para cada cidadão que queira comprar uma casa e pagar. E tem milhares de cidadãos que estão comprando a sua casa, pagando prestação”, disse.
Mendes enfatizou que não considera justo que parte da população siga as regras, enquanto outros buscam a ocupação irregular. “Por que 30 mil mato-grossenses já compraram a sua casa financiada com essa ajuda do governo do Estado e do governo federal, e outros querem invadir? Não é justo. É uma conversa muito franca que nós temos que ter com a sociedade”, declarou.
Ele também lembrou que o Estado mantém projetos voltados às famílias mais vulneráveis.
“Aqueles que não podem comprar – e tem gente que não pode -, o Governo de Mato Grosso está construindo, junto com as prefeituras, mais de 3 mil casas que são dadas gratuitamente. Tem programa para isso, assim como tem o Governo Federal”, afirmou.
Mendes encerrou dizendo que a solução para o déficit habitacional deve vir por meio de políticas públicas responsáveis e não por meio de ocupações irregulares.



