Da Redação
A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), determinou na tarde desta quarta-feira (8), a soltura da adolescente de 16 anos que matou Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em 12 de julho de 2020 em uma mansão no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá. Durante a sessão, os magistrados mudaram o entendimento sobre o ocorrido, alterando o crime de homicídio doloso para culposo.
Ela cumpre pena de 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, no Complexo Pomeri, em Cuiabá, desde o dia 19 de janeiro de 2021. A previsão é de que a atiradora deixe o local ainda hoje.
O caso
Isabele era amiga da adolescente e morava no mesmo condomínio de luxo, Alphaville I, na região do Bairro Jardim Itália. No dia do crime, a vítima havia passado a tarde na casa da então amiga e, no período da noite, foi assassinada no banheiro do quarto da adolescente.
De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Isabele foi morta com um tiro no rosto, disparado a curta distância. Para o Ministério Público Estado (MPE), não há dúvidas quanto à intenção da atiradora de matar a adolescente.
Segundo as investigações, a arma usada para o crime foi levada pelo então namorado da adolescente, que foi condenado pela Justiça a prestar serviços comunitários. A arma era do empresário Glauco Fernando Mesquita Corrêa da Costa, pai do menino. Ele, assim como a família da acusada, era praticante de tiro esportivo.
Pela negligência com o armamento, Glauco fechou acordo de não persecução penal com o Ministério Público Estadual e pagou R$ 40 mil em multa. Já a família da atiradora ainda responde ações no Judiciário.