Da Redação
A empresária Patrícia Guimarães, mãe da adolescente Isabele Guimarães, 14 anos, morta com um tiro no rosto em junho de 2020, está revoltada com a soltura da atiradora que tirou a vida da filha dela. Além da liberdade da menina, que passou cerca de um ano e cinco meses internada em uma unidade socioeducativa de Cuiabá, os desembargadores da Terceira Turma Criminal do Tribunal de Justiça decidiram, em sua maioria, de que a atiradora disparou a arma sem intenção de matar.
“Estou indignada, surpresa, aflita…minha filha não foi morta com uma arma de gatilho simples, mas uma arma que teve que ser municiada, alimentada e carregada, a atiradora era perita nisso, foi morta sem qualquer chance de defesa”, postou nas redes sociais dela.
Patrícia ainda comentou que desqualificar o crime de doloso (com intenção de matar) para culposo (sem intenção de matar) é inconcebível.
“Não vou me calar diante do tamanho desse ABSURDO”, concluiu a mensagem.
A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso julgou o processo da sessão de quarta-feira (08) e, por maioria, foi desclassificada a conduta de dolosa para culposa. Por se tratar de processo envolvendo menor, o caso tramita em segredo de justiça, por determinação do Estatuto da Criança do Adolescente.