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Sindicatos denunciam fraudes em cartão de crédito consignado MTCard

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Da Redação

 

Sete entidades sindicais denunciaram um suposto esquema de fraudes em contratos do cartão de crédito consignado MTCard, com prejuízos financeiros e morais aos servidores públicos estaduais. O requerimento foi protocolado nesta quinta-feira (15) junto à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e à agência de fomento Desenvolve-MT.

Conforme o documento, a empresa Capital Consig, que possui contrato com cerca de 12 mil servidores, tem desvirtuado a modalidade do cartão de crédito consignado ao não fornecer cartão físico, deixar de registrar as operações junto ao Banco Central e ao simular empréstimos comuns por meio de depósitos diretos (tele-saques via PIX ou TED). O resultado são dívidas que se estendem por até 96 meses, com parcelas descontadas diretamente na folha de pagamento dos servidores, em valores considerados abusivos.

A denúncia apresenta casos em que há diferenças superiores a 1.000% entre o valor depositado ao servidor e o total cobrado como dívida. Além disso, alerta que o cartão consignado possui margem própria de 15%, independente dos 35% do empréstimo consignado, o que pode comprometer até 50% da renda líquida mensal do servidor estadual, prática vedada pela Lei Federal nº 10.820/2003 e pelo Decreto Estadual nº 691/2016.

Outro ponto destacado no requerimento é a recusa sistemática da empresa em fornecer cópias dos contratos assinados, mesmo após solicitações formais em canais como o Procon, Ouvidoria Estadual (Fale Cidadão) e a própria Desenvolve-MT.

“As entidades sindicais defendem que o Estado tem o dever legal de agir para impedir as irregularidades e preservar a saúde financeira dos trabalhadores públicos. Mas, também denunciam que, tais práticas abusivas vêm sendo reiteradamente denunciadas desde o final de 2023 sem nenhuma resposta efetiva até o momento”, diz a defesa dos sindicatos.

Para as entidades, a publicação do Decreto nº 1.441, no dia 8 de maio, determinando a instauração de auditoria administrativa sobre os contratos de consignação em folha de pagamento firmados pelos servidores públicos estaduais é insuficiente diante da gravidade e especificidade das denúncias envolvendo a Capital Consig

“O decreto se trata de uma auditoria genérica, por amostragem e sem foco na situação emergencial, que termina por diluir a responsabilidade direta da consignatária. A previsão de 180 dias para conclusão revela-se incompatível com a urgência que o caso exige, já que os prejuízos se renovam mês a mês nos contracheques dos trabalhadores, assim, representa mais uma manobra protelatória do Estado sob a aparência de regularidade”, diz trecho do requerimento.

No documento, os sindicatos pedem:

À Seplag

– Suspensão imediata dos descontos em folha relativos aos contratos da Capital Consig;

– Abertura de procedimento administrativo para apuração da regularidade contratual;

– Bloqueio preventivo de novas averbações com a Capital Consig;

– Resposta formal à solicitação, informando providências adotadas;

– Criação de canais de orientação e suporte aos servidores prejudicados.

À Desenvolve-MT

– Instauração de fiscalização contra a Capital Consig para verificar: autorizações de desconto, encargos aplicados, entrega de contratos, informações obrigatórias, fraudes ou abusos;

– Aplicação de penalidades, incluindo possível suspensão do convênio;

– Notificação à Seplag sobre as irregularidades encontradas;

– Reforço nos canais de ouvidoria com atendimento específico aos servidores lesados;

– Divulgação pública no site da Desenvolve-MT sobre os convênios ativos, taxas praticadas e ranking das instituições conveniadas.

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