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Advogados são indiciados e acusados de aplicar golpes

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Da Redação

Seis advogados, incluindo um deles candidato derrotado a vereador em Cuiabá, foram indiciados pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf) pela suspeita de participação em um esquema de apropriação indébita de valores de indenizações recebidas por clientes por extorsão e falsificação. Os advogados indiciados no esquema que gerou R$ 172 mil em golpes são: Dagnel Correa Costa Júnior, Nychollas Andrenio Silva Luz, Thiago de Moraes Fávero, Vinicius Yule Pardi, Jean Cláudio Rodrigues Silva e Beatriz Barbosa Perozo.

Vinicius Pardi foi candidato a vereador em Cuiabá nas eleições de 2020 pelo Cidadania e obteve 827 votos. Ele apoiou o então candidato ao Alencastro, Abílio Brunini (Podemos).

Dagnel foi indiciado pela suspeita de apropriação indébita e estelionato, enquanto Nychollas, Thiago, Vinicius, Jean e Beatriz foram indiciados pela acusação de associação criminosa, extorsão, falsificação de documentos e uso de documentos falsos. As investigações foram produzidas em sigilo e foram remetidas ao Ministério Público Estadual (MPE) para oferecimento de denúncia criminal.

Também foi indiciado o policial militar Lorran Burin Dantas de Figueiredo por associação criminosa, extorsão, falsificação de documento, uso de documentos falsos e violação de sigilo funcional. Recentemente, o PM foi um  dos alvos da Operação “Mahyas”, que desarticulou uma quadrilha especializada em roubos de gado e propriedades rurais em Mato Grosso.

Ele é monitorado por tornozeleira eletrônica. O  bacharel em Direito Danilo Jorge dos Reis e Silva, irmão de Dagnel, e a ex-namorada de Lorran, Bárbara Menino de Souza Araújo, também foram indiciados por associação criminosa, extorsão, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

De acordo com as investigações, Dagnel comparecia em diversos bairros de Cuiabá e cooptava clientes para ingressar com ações por danos morais contra empresas de telefonia, de TV por assinatura, serviços públicos de energia e saneamento, bancos, entre outros. Após o ajuizamento em massa de diversas ações relativas a defesa do consumidor nas ações na Comarca de Cuiabá, algumas sem o consentimento das vítimas, o advogado recebia as indenizações das empresas e não repassava aos clientes.

Como sempre trocava de números de telefone, não era localizado pelos clientes. Durante as investigações, onze clientes foram ouvidos e confirmaram terem sido vítima do advogado.

No interrogatório, Dagnel confessou ter recebido os valores das ações e afirmou que parte das indenizações foi repassada a advogados que se passavam por representantes das vítimas. Estes advogados também foram indiciados.

Ele descobriu na delegacia que, na verdade, ele próprio havia sido vítima de fraude por parte do grupo formado por outros colegas de profissão, instante em que manifestou interesse em representar criminalmente contra eles. O grupo formado por cinco advogados – Nychollas, Thiago, Vinicius, Jean e Beatriz  – de se associarem ao policial militar Lorran e ao bacharel em Direito Danilo para extorquir Dagnel e obrigar ao pagamento de uma quantia que havia se apropriado indevidamente dos seus clientes.

A Polícia Civil acusa este quinteto de utilizar recibos e procurações falsas, passando-se por representantes ou procuradores das vítimas, com o intuito de ludibriar o advogado. Em interrogatório, Danilo confessou o crime e relatou que a fraude teve início depois de ele saber dos clientes de seu irmão que não haviam recebido os valores das ações.

O PM também confessou dizendo que se associou a Daniel a fim de cobrar os valores levantados por Dagnel, se passando por supostos advogados das vítimas. Ele ainda afirmou que solicitou a sua ex-companheira Barbara para que reproduzisse/falsificasse as assinaturas nas procurações.

O policial militar ainda afirmou que os valores recebidos de Dagnel, por meio da fraude, eram divididos entre todos, sendo que os advogados ficavam com valores entre R$ 700 a R$ 1 mil e o restante era repartido entre ele e Danilo. De acordo com a versão do policial militar, sua ex-namorada Barbara não participava dos lucros, mas recebia ajuda financeira habitual com pequenos valores.

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