Da Redação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina da covid-19 com o risco de contrair o vírus HIV e desenvolver aids.
A medida aconteceu “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações”, afirmou o ministro no despacho. A decisão, que é do dia 9 de junho e foi divulgada ontem, atende a pedido da Polícia Federal.
A declaração de Bolsonaro sobre a vacina foi feita durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais no dia 21 de outubro. O YouTube, o Facebook e o Instagram excluíram o vídeo de suas plataformas.
No começo de abril, Moraes já havia prorrogado a investigação. A apuração foi aberta em 3 de dezembro de 2021, depois de Bolsonaro dizer que estudos “sugerem” que vacinados “estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida”.
Na época, a Procuradoria-Geral da República se manifestou contra a abertura do inquérito, afirmando ao Supremo que já havia instaurado uma apuração preliminar sobre o caso. No entanto, Moraes afirmou que “não basta” à PGR apenas informar que foi aberta uma apuração preliminar. Segundo ele, é preciso haver supervisão judicial sobre o andamento do caso.
O inquérito foi aberto a partir de uma representação do senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi presidente da CPI da Covid.