Da Redação
Diversos filtros e técnicas são empregadas pelos peritos criminais quando a autoridade policial solicita a identificação das placas de veículos envolvidos em práticas delituosas a partir de imagens extraídas de câmeras de segurança.
Em muitas situações, a imagem original não possibilita a leitura devido a posição e ao ângulo em que a imagem foi capturada. Nestes casos, os peritos aplicam a técnica da homografia que visa obter uma nova perspectiva a partir da imagem inicial.
A metodologia parte do princípio que a imagem é uma matriz, e o plugin utilizado reorganiza os pixels da imagem de acordo com a proporção, desenhado no novo plano determinado pelo perito.
A perita criminal Andrea Abilio Diniz Neuenschwander explica que nas circunstâncias em que a imagem da placa está inclinada rebate-se e traz para frente em um novo plano, com a utilização de plugins e filtros viabilizados por um software de processamento de imagem.
Contudo, essa técnica apresenta limitações, uma vez que nem todo o objeto é realmente capturado pelos dispositivos de gravação com imagem de qualidade e definição suficiente para aplicação do método.
“Já nas situações em que não é possível levantar todos os dados da placa do veículo questionado, lança-se os apenas os caracteres obtidos da placa veicular, mais outras informações identificadas como modelo, marca, cor e ano de fabricação do veículo no sistema Detrannet, e através da busca fracionada obtém -se a lista dos veículos que possuem as características definidas, assim como os respectivos proprietários, cidades e estado onde foram registrados e outras informações que auxiliam na busca do veículo demandado”, exemplificou.
Entre janeiro de 2021 até o mês de agosto de 2022 a Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo da Politec realizou 12 perícias de identificação de caracteres de placas de veículos.