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Narrativas pró-Estado contra o mercado

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Na farsante narrativa rubra do “presidente do povo”, as empresas – em especial as grandes -, a redução de impostos e as privatizações são todos males que precisam ser combatidos para que o bem seja restabelecido e os pobres possam viver dignamente. Desse indivíduo e de sua trupe da esperteza e da ignorância econômica, não se poderia esperar nada distinto.

O que efetivamente choca é constatar que gente esclarecida entre nessa canoa furada, ou por ódio cego ao atual presidente da República ou por interesses mesquinhos. Por detrás de tudo isso, está a disposição da manutenção de um Estado paquidérmico e parasitário, que suga a riqueza criada pelas pessoas e pelas empresas, e que serve de base eleitoral cativa para eleger canhotos oportunistas e despreparados; o “show” tem que continuar…

Veja-se, por exemplo, o que está acontecendo hoje com o Poder Judiciário, requerendo incrementos salariais e outros penduricalhos, muito embora a realidade desses servidores públicos seja completamente desproporcional em relação ao resto da população brasileira.

Evidente que, ao contrário, do que ocorre hoje com a “democracia do bem”, em que só é permitido falar e dar ouvidos ao lado coletivista, pensamos que essa turma deve falar – entretanto, sem burlar, corromper e inverter a lógica consagrada daquilo que funciona e produz efetivos resultados positivos para a sociedade. São as empresas de todos os portes que investem, correm riscos, geram empregos e criam melhores soluções para os problemas das pessoas.

São elas que inovam sistematicamente, produzindo bens e serviços que melhor satisfazem as necessidades de todos os tipos de consumidores, estabelecendo relacionamentos colaborativos voluntários entre os cidadãos, e pagando tributos por meio de operações lícitas. Na verdade, corporações só se tornam e se mantêm grandes porque conseguem produzir melhores novidades para os consumidores, satisfazendo-os de uma melhor forma e, inclusive, sendo clientes de organizações especialistas menores.

Não, os empresários não são os vilões corruptos; são eles que adicionam valor às vidas dos consumidores por meio das trocas e, portanto, esse é o papel social empresarial. O que é nefasto e prejudicial, sem dúvida, são as relações de compadrio, em que “empresários” não são bem-sucedidos em razão de seus próprios méritos, mas em função de relações próximas com agentes estatais e/ou de privilégios governamentais, tais como subsídios.

Quanto à retórica de impostos, “evidente” que é necessário expropriar a renda do trabalho duro de pessoas e de empresas para alimentar, incompativelmente, a elite do serviço público. Isso gera menor empreendedorismo, menos emprego, menos inovações para as pessoas e, sobretudo, a tutela estatal, fazendo com que os indivíduos percam a tomada de decisões sobre seus próprios planos de vida. Pior ainda é que os impostos, cobrados de forma coercitiva, não se traduzem em uma contraprestação do Estado em serviços de qualidade efetiva.

No que diz respeito às privatizações, o discurso populista da turma esquerdista é por demais conhecido: a manutenção do patrimônio nacional. A lógica da realidade é bem distinta, já que as estatais são claramente fontes para o tradicional cabide de empregos e para a ampla e grotesca corrupção.

O patrimônio quase sempre deixa de ser do povo e passa para as mãos de agentes estatais e políticos mal-intencionados, que gozam desse patrimônio em proveito próprio. Um dos principais remédios para todos os males, com que a tropa socialista não está acostumada, tampouco todos nós no Brasil, é a competição.

Todas essas narrativas de que o empresário capitalista é um explorador desumano, de que são necessários altos impostos para sustentar melhores serviços públicos, e do suposto patrimônio nacional, no fundo são escaramuças para a conquista de poder pelas elites esquerdistas e para o aumento do poder estatal sobre os ombros dos indivíduos. Evidente que também há pitadas de ódio, de rancor e de inveja por aqueles que arriscam, que investem, que trabalham e que prosperam.

Na verdade, a vida real das pessoas, como diz Thomas Sowell, melhora de fato quando há maior concorrência: “Competição faz um trabalho muito mais eficiente que o governo em proteger os consumidores”, e é isso que importa.

 

Alex Pipkin é doutor em Administração – Marketing pelo PPGA/UFRGS;  Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul e diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Foi Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS e Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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