Da Redação
O desembolso do crédito rural somou R$ 174,9 bilhões no Plano Safra 2022/23, de julho/2021 até novembro/2022. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 112,4 bilhões. Já os investimentos somaram R$ 43 bilhões, a comercialização, com R$ 10,5 bilhões e a industrialização, com R$ 8,9 bilhões.
De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os financiamentos do custeio tiveram R$ 18,1 bilhões realizados pelos pequenos agricultores (Pronaf), R$ 28,2 bilhões pelos médios produtores (Pronamp) e R$ 66 bilhões pelos demais.
As contratações de investimento tiveram desembolso de R$ 10,8 bilhões realizados pelos pequenos produtores (Pronaf), R$ 1,7 bilhões pelos médios (Pronamp) e R$ 30,3 bilhões pelos demais. As contratações para comercialização e industrialização foram realizadas, essencialmente, pelos demais produtores rurais, inclusive cooperativas agropecuárias.
Do total dos 935.259 contratos, os produtores do Pronaf contrataram mais de 675 mil, o equivalente a R$ 30 bilhões. Os contratos do Pronamp somaram 119 mil ou perto de R$ 30 bilhões; e os demais, 140.526 contratos (R$ 114,9 bilhões).
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, se situa em R$ 36,4 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada atingiu R$ 43,5 bilhões. Os recursos com Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) ficaram em R$ 39,8 bilhões, respondendo por 23% do crédito rural.
A região Sul se destaca nos financiamentos do plano safra com R$ 61,8 bilhões, sendo aplicados preponderantemente pelos produtores gaúchos, com 46%, o equivalente a R$ 28,4 bilhões. Centro Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 45,5 bilhões, sendo 40% no estado do Mato Grosso, com R$ 18,2 bilhões.
Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos, no dia 5 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.
Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações na magnitude dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.