O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou nesta terça-feira (24), que o Brasil não vai fazer qualquer tipo de desaprovação pública a Cuba por violações aos direitos humanos. De acordo com Amorim, este “não é nosso papel”. O pronunciamento foi feito a jornalistas em Buenos Aires, após encontro de Lula (PT) com o ditador de Cuba Miguel Díaz-Canel.
Em novembro de 2021, Lula amenizou a proibição de manifestações que estavam previstas para ocorrer na ilha, mas foram reprimidas pela ditadura do Partido Comunista. Na ocasião, o petista foi questionado pelo jornal espanhol El País, sobre como via a repressão do regime de esquerda em Cuba.
“Essas coisas não acontecem só em Cuba, mas no mundo inteiro. A polícia bate em muita gente, é violenta. É engraçado porque a gente reclama de uma decisão que evitou os protestos em Cuba, mas não reclama que os cubanos estavam preparados para dar a vacina e não tinham seringas, e os americanos não permitiam a entrada de seringas”, disse Lula, em apoio a ditadura cubana. Ainda afirmou que “precisamos parar de condenar Cuba e condenar um pouco mais o bloqueio dos Estados Unidos”.