Da Redação
O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná pediu à Justiça que declare suspeito o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, nos processos da Operação Lava Jato. Ele assumiu em fevereiro a cadeira que já foi ocupada pelo agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no auge da operação.
O pedido, assinado pela procuradora Carolina Bonfadini de Sá, do MPF, cita a assinatura que Appio adotou no sistema processual da Justiça Federal: “LUL22”.
A procuradora também destaca a doação que o juiz fez à campanha do presidente Lula em 2022. O registro da transação consta no Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, Carolina cita as publicações do magistrado criticando a Lava Jato nas redes sociais.
Segundo a procuradora, Appio “não está investido do necessário atributo da imparcialidade, o que inviabiliza a apreciação justa e prolação de decisão equânime pelo magistrado”.
O MPF ainda lista críticas que o magistrado fez à atuação do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato, e do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que chefiavam a força-tarefa de Curitiba.
Appio nega que tenha doado para a campanha de Lula e diz que adotou a assinatura “LUL22” por uma questão de “segurança cibernética”.