The news is by your side.

Ondas de calor impactam produção agrícola e número de recuperações judiciais devem explodir em MT

Especialista em recuperação judicial, Antônio Frange Junior explica que produtores não estão conseguindo repor investimentos diante da quebra da safra

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

Da Redação

 

O calor extremo já tem causado prejuízos aos produtores de grãos no Estado. A chamada ‘quebra da safra’ tem diminuído a produção, mesmo com os custos elevados.

Por conta disso, já é visto um aumento nos processos de recuperação judicial de produtores e grupos do agronegócio. Os processos de recuperação ligados ao campo aumentaram nos últimos meses e têm sido predominantes nos novos casos registrados nas Varas de Recuperação Judicial do Estado.

A startup A de Agro, que atua na gestão de dados para o agronegócio, aponta que nove cidades do Estado estão com “perigo elevado” de quebra de safra, quando a colheita está em risco. O motivo é o calor excessivo e a falta de chuvas.

Para o advogado Antônio Frange Junior, especialista em recuperação judicial, a situação se agrava mais porque vários setores ligados ao agronegócio ainda estavam saindo de uma crise ocasionada pela pandemia. “O agronegócio, apesar de sustentar a balança comercial, tem enfrentado dificuldades. A questão climática é mais uma delas e a recuperação judicial é um meio de manter o setor pujante, gerando emprego e renda para Estado e municípios que tem a produção agrícola como principal fonte de arrecadação de impostos”, destacou Frange.

Frange destacou que, nos últimos meses, aumentaram os pedidos de recuperação judicial de produtores. Entre as justificativas estavam, justamente, a quebra da safra em virtude do clima quente e seco em praticamente todas as regiões do Estado.

“Os produtores explicaram que o plantio foi muito prejudicado pela questão climática, o que acabou diminuindo a área plantada em cerca de 20%. Os fazendeiros fizeram investimentos que não serão repostos na hora da colheita”, destacou o advogado.

Em evento realizado n a segunda-feira (18), o governador Mauro Mendes (União) também citou que o poder público deverá ser afetado com a ‘quebra da safra’ no campo. Segundo ele, a diminuição da produção em função do clima fará com que as mercadorias não circulem no volume adequado, gerando perdas na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), além do Fethab (Fundo de Transporte e Habitação).

“Não será um ano como foi 2023, 2022 e 2021. Será um ano de algum nível de dificuldade, a receita nossa vai ser impactada, o Fethab vai ser impactado. Direta ou indiretamente, a nossa arrecadação depende da nossa atividade econômica. isso vai trazer alguma consequência no dia-a-dia de todos nós, cidadãos, prefeitos, secretários”, alertou o governador.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação