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Por que ninguém fala das supostas agressões do filho de Lula à sua mulher?

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(Adrilles Jorge, publicado na Revista Oeste em 05 de maio de 2024)

 

A nora de Lula acusou o filho de Lula de agredi-la. Fisicamente, verbalmente, moralmente. Ganhou medida protetiva contra o acusado de agressão. Não há ninguém fazendo acusação taxativa de que o filho de Lula é culpado de qualquer coisa. Caberá à Justiça decidir sobre sua culpa ou inocência. Mas há, como todos sabem, uma propensão a se crer na palavra da mulher em todos os casos em que se acusam um homem de agressão. Há uma tendência a se linchar homens, culpados ou não, pelo que o feminismo contemporâneo chama de machismo estrutural que oprime e agride, moralmente e fisicamente, uma mulher.

A mídia sempre entra em polvorosa quando qualquer figura pública é acusada peremptoriamente de agressão e o pré-julgamento é quase sempre concluído contra o réu, antes de qualquer justiça real. Mas praticamente nenhuma palavra foi dita contra o filho de Lula. E praticamente várias palavras foram ditas ou sugeridas contra a suposta vítima, a nora de Lula. Uma famosa socialite de esquerda chegou a dizer dela que era uma mulher vulgar, que se vestia de maneira obscena e fazia procedimentos estéticos de uma mulher não confiável. Nesta live, outros ativistas “progressistas” riram desbragadamente. Nenhuma palavra de proteção à mulher. Nenhuma palavra de contrariedade ao pré-julgamento de uma mulher que se colocava no lugar de vítima.

A pauta de proteção à mulher é legitima. Mulheres que sofrem agressões tem todo o direito, atual e histórico, de acusarem homens agressivos, opressores e abusadores. Mas há uma distorção do conceito de Justiça quando se colocam quaisquer homens em situação de condenado pela mais remota acusação. Não é o caso de Lula por uma razão muito simples. É o filho de Lula, o ícone maior da esquerda brasileira. A regra de perseguição inclemente a todos os homens que são colocados como estupradores e agressores em potencial é posta apenas para aqueles homens que não estão protegidos pela estrutura do poder que a esquerda exerce sobre a mídia, sobre as universidades, sobre as escolas, sobre o Judiciário e sobre todas as instituições culturais ocupadas pelo “progressismo” e por uma caricatura contemporânea de feminismo que se transformou em mera perseguição contra homens. Mas alguns homens têm proteção especial. O próprio Lula já chegou a fazer piadas grosseiras contra homossexuais e mulheres. Nada lhe acontece. Bolsonaro foi condenado por ter feito um trocadilho vulgar contra uma jornalista. Foi acusado de agressão simbólica não só à tal jornalista como a toda a imprensa brasileira. Não importa o que se diz, mas quem diz, já diz o sabido ditado que traduz os cancelamentos orquestrados pela esquerda nacional e mundial.

A questão é que ninguém consciente advoga linchamento e cancelamento de absolutamente ninguém, sobretudo sob uma séria acusação de agressão a uma mulher. A Justiça foi subvertida a ponto de condenar toda pessoa previamente, publicamente, por ser homem. Neymar, não houvesse sua acusadora de estupro ter feito um vídeo tosco em que provava ser ela a abusadora, estaria até hoje respondendo pelo falso crime de abuso que sua acusadora lhe atribuiu. A mídia toda, bom lembrar, se assanhou em acusá-lo incisivamente e levantar suspeitas seríssimas. Assim com outros personagens masculinos notórios no brasil e no mundo. A coisa é mais aterradora quando se coloca em pauta a questão de “agressão simbólica” ou “agressão moral’”. Por agressão simbólica se entende qualquer coisa, até uma voz elevada ou um olhar mais agressivo. Por várias vezes congressistas de esquerda xingaram seus adversários políticos de ladrão, abusador, criminosos e quando contestadas, acusavam seus oponentes de agressão simbólica contra mulher.

As feministas se calaram diante das acusações contra o filho de Lula

O feminismo nasceu com a melhor das intenções e ações, é bom lembrar. Mulheres não tinham direito a trabalho remunerado, voto, herança, a viajar sem autorização do marido, e, claro, muitas vezes sofriam agressões simbólicas e reais de todos os níveis. Isso foi devidamente mudado pela história. Mas o feminismo hoje se transformou num movimento exclusivo de perseguição a homens. As mulheres já conquistaram todos os seus direitos e liberdades. É claro que há machistas e abusadores, mas pontuais, como há assassinos, traficantes, criminosos pontuais no Brasil. O Brasil não é estruturalmente criminoso nem machista. Não existe tal coisa como machismo estrutural que abrange todos os homens no brasil. Homens e mulheres podem ser bons ou maus, homens e mulheres podem ou não ter desvios de caráter e serem agressivos uns com outros. Homens e mulheres podem se agredir eventualmente numa relação. Simbolicamente e fisicamente. Claro que homens tem mais força física. Mas isso não impede que uma mulher possa mentir, se aproveitando justamente de ter a Justiça e a mídia a seu lado, sobretudo quando se trata de alguém famoso e sobretudo quando se trata de alguém famoso que não esteja alinhado a um pensamento progressista. Imaginem se fosse algum filho de Bolsonaro envolvido numa suposta agressão a uma mulher sua.

Esse tipo de feminismo canhestro inclusive afeta as reais vítimas de homens violentos que começam a ser discriminadas e sofrerem desconfiança. Este tipo de feminismo canhestro mina as relações entre homens e mulheres que estabelecem uma mútua desconfiança entre eles. Mas esse tipo de feminismo canhestro se cala quando sabe que um de seus protegidos pelo poder está sob a acusação de agredir uma mulher de um filho do presidente Lula. Aí a mulher passa de vítima em potencial a vulgar, suspeita em potencial.

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