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O sistema tem pressa… e criatividade!

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(Rodrigo Constantino, publicado no jornal Gazeta do Povo em 19 de novembro de 2024)

 

Já que os ministros do STF, em coro com a velha imprensa, falam tanto de “contexto”, vamos analisar o seguinte contexto: Donald Trump teve uma vitória emblemática e acachapante nos Estados Unidos, levando Câmara e Senado além da maioria dos governos estaduais.

Na Argentina, ao lado do Brasil, Javier Milei vem fazendo um ótimo trabalho para consertar a lambança deixada pelos lulistas. Nas eleições municipais brasileiras, a esquerda petista levou uma surra.

Eis aí o contexto: a direita avança, a onda conservadora é forte. No Brasil, uma crise econômica está contratada por conta da irresponsabilidade de um desgoverno perdulário. Em 2026, esse será o ambiente da disputa presidencial.

Além disso, Alexandre de Moraes sabe que poderá ser condenado em processos nos Estados Unidos. Tem a estranha história de um documento adulterado ou forjado para prender Filipe Martins; tem as decisões arbitrárias contra as Big Techs durante as eleições, além da investida contra a Starlink de Elon Musk; existem denúncias de violações de direitos individuais de cidadãos americanos; e claro, as denúncias de abusos contra direitos humanos de presos do 8 de janeiro.

Quando surge um caso estranho de um sujeito que joga fogos de artifício e morre depois, isso cai como uma luva para a narrativa de “ameaça contra o Estado de Direito” ou “grupos terroristas atentando contra a democracia”. Dias depois, vem essa história esquisita de militares que planejavam a morte de Lula, Alckmin e do próprio Moraes.

O episódio relatado pela PF é tão bizarro que desafia a lógica em alguns momentos. Mauro Cid não tinha mais o que contribuir como delator para o sistema, já que as denúncias não se sustentavam: cartão de vacinas, joias etc. Já havia especulação na imprensa de que ele voltaria para delatar “algo mais”, nem que fosse para usar a “criatividade”. Aí vem essa onda de prisões de militares pela PF?

Fernão Lara Mesquita comenta: “Quatro dos militares de tropas especiais do exercito de altíssima periculosidade, posto que articularam um golpe que começava pelo assassinato por envenenamento (!!!) de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, foram presos no Rio de Janeiro, onde, – pasmem! – eram parte do esquema de segurança da reunião de cúpula do G-20!!!”

Mesquita acrescenta: “De Joe Biden a Xi Jinping – passando especialmente pelo alvo de toda a trama, o próprio Luiz Inácio Lula da Silva – estiveram, portanto, com suas vidas sob altíssimo risco desde que começou o convescote internacional”. Pois é, acredite quem quiser!

Em suma, temos aí o contexto do que acontece no país hoje: jornalistas foram e seguem censurados pelo STF sem qualquer crime cometido, vários bolsonaristas foram presos de forma arbitrária, a plataforma que preserva a liberdade de expressão foi perseguida e seu dono, um americano bilionário, foi incluído em inquérito supremo, e mesmo assim a direita avança.

O sistema precisa justificar que fez tudo que fez – incluindo inúmeros crimes – para “salvar a democracia”. Mesmo que não haja qualquer ameaça concreta ao Estado de Direito – ao menos não uma vindo pela direita – é preciso criar uma, para dar um verniz de legitimidade ao verdadeiro golpe que destruiu nossa democracia.

“Derrotamos o bolsonarismo”, disse um ministro supremo. “Perdeu mané, não amola”, disse o mesmo. Mas o povo insiste em “amolar”, então resta o sistema correr para ter pretextos para banir o bolsonarismo de toda disputa política. O Brasil não é para amadores. Tampouco é um país sério…

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