The news is by your side.

Após 6 anos de ‘enrolação’, MP cobra construção de nova estação de tratamento de esgoto em Juína

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

Da Redação

 

A 1ª Promotoria de Justiça Cível de Juína (735 km de Cuiabá) ajuizou Ação Civil Pública contra o Município e o Departamento de Água e Esgoto Sanitário requerendo a construção de uma nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na cidade, em até 56 meses, e a desativação da atual ETE em até seis meses após o início da operação da outra unidade. Em caráter liminar, o Ministério Público de Mato Grosso requereu que não sejam realizadas novas ligações domiciliares junto à ETE atual, além das 564 ligações já ativas; bem como que seja apresentado cronograma, no prazo de 60 dias, para construção de uma nova ETE.

O MPMT solicitou também que o despejo de efluentes oriundos de fossas rudimentares pelos caminhões limpa-fossa seja limitado e ocorra somente de segunda a sexta-feira, entre 7h e 11h; que os requeridos apresentem plano de ação, no prazo de 30 dias, constando as medidas indicadas no relatório de avaliação dos gases odorantes a serem realizadas a fim de neutralizar os gases exalados pela ETE; e que identifique e cubra as fontes de emissão de odor na ETE, no prazo de 60 dias.

Além disso, requereu, entre outras medidas, o plantio de cortina verde; adoção de técnicas para controle de odor (como Colunas de Adsorção, Biofiltros, Oxidação Térmica, filtros biológicos, carvão ativado, sistemas de ozonização, sistemas de colunas múltiplas, coleta de biogás e queima), no prazo de 90 dias; realização de amostragem e o exame laboratorial de águas residuárias; e realização de auditoria ambiental interna (conduzida por profissionais do DAES) e independente (terceiros contratados).

No julgamento do mérito, o MPMT pediu o pagamento de R$ 1,5 milhão a título de indenização por dano extrapatrimonial/moral à coletividade, a ser revertido para o Fundo Municipal do Meio Ambiente.

A ACP é resultado de um inquérito civil instaurado em 2018, após reclamações de moradores dos bairros próximos à ETE de Juína, a respeito do mau odor exalado. O MPMT notificou o Município para adoção de medidas mitigatórias, requisitou vistorias no local à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e ao Centro de Apoio Operacional do MPMT, propôs a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e, diante do insucesso da autocomposição e da chegada de novas reclamações, propôs a ação para fazer cessar a poluição odorífera causada pela ETE.

“Ao longo de aproximadamente seis anos de tramitação do inquérito civil, os demandados não adotaram nenhuma medida efetiva a pôr fim em tal problema. (…) Em várias vistorias realizadas in loco foram constatadas irregularidades junto à estação de tratamento de esgoto comprometedoras do seu funcionamento. Portanto, é inegável a negligência dos demandados em prover o adequado funcionamento da estação de tratamento de esgoto, com a total inibição da exalação de mau odor”, argumentou o promotor de Justiça Dannilo Preti Vieira.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação