Abílio quer mil pessoas atendidas com Mounjaro pelo SUS em Cuiabá

Patrícia Neves

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, anunciou que pretende ampliar para mil o número de pessoas atendidas pela rede municipal com o medicamento Mounjaro, utilizado no combate à obesidade grave. A medida amplia a iniciativa da vereadora Michelly Alencar (União Brasil), que destinou R$ 1,2 milhão em emenda parlamentar para a compra do remédio.

Segundo Abílio, a ideia é que a capital mato-grossense seja pioneira na criação de um programa público para controle da obesidade grave. “Se ela vai colocar R$ 1,2 milhão, a prefeitura vai colocar mais R$ 1 milhão para garantir o dobro de atendimentos, chegando a mil pessoas atendidas. Vamos estruturar isso como uma política de saúde”, afirmou.

O programa, voltado exclusivamente a usuários do SUS, irá além da entrega de medicamentos. “A obesidade é uma doença grave. O remédio ajuda, mas sozinho não resolve. É necessário um acompanhamento completo: nutricional, psicológico, de atividades físicas e com equipe médica qualificada”, explicou o prefeito.

De acordo com Abílio, os pacientes serão encaminhados pelas unidades básicas de saúde, onde médicos farão a triagem e os encaminhamentos necessários. O protocolo inclui consultas, exames e avaliação médica especializada, que definirá o tratamento mais adequado para cada paciente. “Nem todo mundo usará o Mounjaro. Cada caso será analisado individualmente para indicar o medicamento ideal”, disse.

O prefeito também compartilhou sua experiência pessoal com a medicação. “Perdi 15 quilos. Melhorou minha qualidade de vida, meu sono. Isso tem que ser acessível a todos, não só a quem pode pagar. O SUS precisa oferecer esse tipo de tratamento com dignidade.”

Ciente de que as ações devem ser conjuntas para o combate à obesidade, ele destacou ainda que a prefeitura já prepara capacitações para profissionais da atenção primária, além de parcerias com educadores físicos e palestras com especialistas da área. Reforçou ainda que o  medicamento Mounjaro já foi aprovado pela Anvisa e pode ser adquirido legalmente pelo poder público.