CENTRO-OESTE SE DESTACA
Quais cidades e estados brasileiros têm os maiores índices de arborização urbana? Você vai se surpreender
Terra
Não se engane. Por mais que o estado de São Paulo abrigue a maior metrópole da América Latina, ele também reúne as cidades com maiores percentuais de moradores em ruas com arborização urbana — inclusive a cidade que lidera o ranking, segundo dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sabe qual é?
Estamos falando de Birigui, no interior de São Paulo. Considerando as concentrações urbanas [localidades que reúnem mais de 100 mil habitantes], 98,4% dos seus 118.979 habitantes vivem em ruas com árvores. E desses 98,4%, são:
- 79,6% (34.562) domicílios em ruas com 5 ou mais árvores;
- 12,3% (5.350) domicílios em ruas com de 3 a 4 árvores;
- 6,5% (2.860) domicílios em ruas com até duas árvores;
- e apenas 1,2% (562) dos domicílios em ruas sem árvores.
A segunda cidade com maior índice de arborização é Sertãozinho, também no interior paulista, com 97,5%. São José do Rio Preto também se destaca, com 97,3%.
Considerando os dados gerais de arborização por Estado, São Paulo aparece acima da média brasileira (32,1%) entre as cidades com 5 ou mais árvores por rua, com 38,4%.
Em outro extremo, as cidades com os menores percentuais de arborização urbana são Brusque (SC), com 22,2%; Barbacena (MG), com 23,1%; e Tubarão (SC), com 24,9%.
Por que a arborização é importante
Ao Terra, Fábio Ishisaki, professor de direito ambiental, explicou que a arborização urbana é uma importante ferramenta para o combate às mudanças climáticas nas cidades. “Com locais mais ‘concretados’, a temperatura dos centros urbanos tem se elevado de forma preocupante”, explica.
As áreas verdes nas cidades, além de serem formas de salvaguarda da biodiversidade, as tornam potencialmente locais de convivência popular. “Em tempos de crise climática, devemos encontrar cada vez mais soluções para a resiliência desses espaços e a promoção de uma agenda climática, urbana e ambiental positiva e integradora”, complementou o especialista.
Região Centro-Oeste se destaca