“Não aceitaremos violência contra a mulher”, diz promotora após condenação de feminicida a 31 anos

O Tribunal do Júri de Peixoto de Azevedo condenou, nesta quarta-feira (18), o réu Wendel Albes, de 38 anos, a 31 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio da noiva Leidiane Ferro da Silva, de 43 anos. O crime ocorreu em 2023, quando a vítima foi brutalmente assassinada com seis facadas dentro de sua residência. O julgamento foi marcado por forte comoção e pelo posicionamento firme do Ministério Público.

A promotora de Justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes, responsável pela acusação, afirmou que a sentença representa uma vitória da justiça e um recado claro contra a violência de gênero.

“Graças a Deus, no dia de hoje saímos com a vitória, saímos muito satisfeitos. O Ministério Público entende que a justiça de fato foi realizada, que fica um recado para a sociedade de Peixoto de Azevedo, para o Mato Grosso e para o Brasil: nós não vamos aceitar crimes de feminicídio, qualquer violência doméstica contra a mulher”, declarou.

Durante o julgamento, Andreia destacou que usou todo o tempo disponível para apresentar ao júri as provas contundentes que constavam no processo, incluindo imagens captadas por câmeras de segurança da própria casa da vítima, que registraram parte da ação criminosa.

“Esse é o momento importante de trazer para os jurados, que são os juízes da causa, o conhecimento do processo. Estava tudo nos autos, tínhamos as imagens, provas robustas, e tudo foi muito bem esplanado”, pontuou a promotora.

Wendel Albes foi condenado por feminicídio com agravantes, e cumprirá pena inicial em regime fechado. O caso de Leidiane se soma às estatísticas alarmantes de violência contra a mulher no Brasil, e reforça a importância da atuação firme do sistema de Justiça no combate a esse tipo de crime.

“Para o Ministério Público é uma alegria — no sentido de ver que a sociedade de Peixoto fez a justiça que essa família tanto esperou, tanto aguardou”, concluiu Andreia Monte Alegre.