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DRAMA DOS PACIENTES

Jayme Campos denuncia má distribuição e alerta: “Cidades de MT não tem médico”

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Mato Grosso enfrenta uma situação dramática, em função da grave crise na distribuição de médicos no Brasil. Muitos dos 142 municípios do Estado não possuem nenhum médico em exercício. O alerta foi feito pelo senador Jayme Campos (União-MT) durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, destinado a debater a criação do Exame Nacional de Proficiência Médica. O tema voltará a pauta de votação esta semana.

O levantamento Demografia Médica 2024, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina, apontou que em Cuiabá, capital do Estado, havia uma proporção de 6,16 médicos para cada mil habitantes, superando a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 3,7 médicos por mil habitantes. Já no interior, é 1,51 por mil habitantes.

Para sustentar a tese da má distribuição de profissionais médicos no Estado,  Jayme Campos descreveu o calvário enfrentado pela população do interior para acessar cuidados básicos de saúde:  “O cidadão vai em cima de uma carroceria, de uma caminhonete, de uma ambulância caindo aos pedaços. Quando chega lá, está praticamente morto. Lá dá 400 quilômetros de distância” – relatou o senador, visivelmente emocionado.

E completou: “O cidadão, muitas vezes, chega até já falecendo, só botar no caixão e voltar para trás. É um assunto extremamente importante”.

O parlamentar relacionou a má distribuição de profissionais à explosão de novos cursos de medicina no país durante o governo Dilma Rousseff, que totalizaram 151 novas faculdades. Segundo ele, a combinação entre má distribuição geográfica e a proliferação de cursos de baixa qualidade criou um cenário perfeito para a “picaretagem”.

“É bom que se esclareça aqui, em relação aos cursos de medicina. Na medida em que, o que eu tenho percebido hoje, passou praticamente muitos profissionais aqui descompromissados com a boa prática” – ele criticou, ao fazer  um grave alerta sobre as consequências dessa formação deficitária durante a emergência sanitária da COVID-19.

“Na pandemia, lamentavelmente, morreram brasileiros por falta de médicos competentes. Médicos que muitas vezes não tinham nem se formado, ainda estavam no quinto ano de medicina, já estavam nos hospitais tentando entubar” – ele frisou.

Dirigindo-se ao senador Marcelo Castro (PI), que é médico, Campos defendeu que o novo exame de proficiência seja aprovado com urgência, mas com a responsabilidade de não “soltar aí os mais maus profissionais”. Ele defendeu uma lei que possa dar segurança e, sobretudo, oportunidade para que o cidadão brasileiro mais distante dos grandes centros deste país também tenha assistência médica”.

O projeto, que já tramita há algum tempo no Senado, busca estabelecer um padrão nacional de qualidade para a formação médica, garantindo que todos os formandos tenham conhecimentos mínimos necessários para o exercício da profissão, independentemente de onde se formaram.

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