Pivetta diz que decisão sobre LOA cabe à Assembleia, mas reforça confiança na equipe econômica do governo

O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) adotou um tom conciliador ao comentar a polêmica envolvendo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, afirmando que cabe aos deputados estaduais analisarem o texto e tomarem uma decisão, já que alegam que a peça orçamentária protocolada no Parlamento está subestimada. Por outro lado, ressaltou sua plena confiança na equipe econômica do governo Mauro Mendes.

Segundo Pivetta, a discussão sobre o orçamento é legítima e faz parte do papel institucional da Assembleia Legislativa, mas ele destacou que a proposta enviada pelo Executivo foi elaborada com base em critérios técnicos.

“A Assembleia Legislativa representa o povo mato-grossense. Se o presidente está dizendo que não está certo, cabe aos deputados analisarem e tirarem uma conclusão disso. Eu confio muito na nossa equipe econômica, liderada pelo Rogério Gallo, que devolveu a Mato Grosso a capacidade de investir e que nos permite, desde 2021, aplicar quase 20% do orçamento em investimentos”, afirmou.

O vice-governador defendeu que a proposta construída pela Secretaria de Fazenda reflete o equilíbrio fiscal e a responsabilidade que caracterizam a atual gestão. “Se essa proposta saiu de lá de dentro, talvez seja o melhor para o povo mato-grossense”, completou Pivetta.

A fala do vice ocorre em meio a um embate entre o governo e a Assembleia Legislativa sobre a LOA de 2025. O presidente da Casa, deputado Max Russi (PSB), afirmou que o orçamento está “errado”, apontando que o valor previsto para a saúde é R$ 1,3 bilhão menor do que o gasto atual.

Em resposta, o governador Mauro Mendes (União Brasil) rebateu as críticas e afirmou que só fará ajustes caso os apontamentos da base governista sejam técnicos e coerentes.

“Eu vou ouvir a base. Se tiver argumento consistente, o governo não tem problema nenhum em fazer adequações. Agora, discutir orçamento com achismo é perda de tempo”, disse Mendes.

O governador ainda destacou que Mato Grosso vive o maior ciclo de investimentos da história, com estabilidade fiscal inédita.

“Antes, o Estado era quebrado, sem pagar salário e fornecedor. Hoje temos superávit e obras em todos os cantos. Querem mudar a LOA? Tragam números, não bravata”, finalizou.