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INDENIZAÇÃO AOS PRODUTORES

Maggi critica novas demarcações de terras indígenas em MT e defende indenização a produtores

Da Redação

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O ex-governador de Mato Grosso e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, voltou a se posicionar contra a demarcação de novas terras indígenas no estado. Em entrevista nesta quarta-feira (26), ele reagiu às três novas demarcações feitas pelo governo federal, e afirmou que sempre defendeu que produtores atingidos sejam indenizados, e não expropriados.

“Minha posição sempre foi muito clara: sou contra a demarcação de novas terras indígenas. E, se tiver que acontecer por um ajuste social, que o dono legítimo da terra seja indenizado. Não pode ser expropriado”, afirmou.

Maggi lembrou que apresentou no Senado, quando ocupou o mandato, um projeto de lei que previa indenização em dinheiro aos proprietários afetados por demarcações. A proposta foi aprovada pelos senadores, mas nunca avançou na Câmara dos Deputados.

“Se tivesse sido aprovado, não estaríamos nessa condição hoje. Se há um problema social que precisa ser ajustado, o produtor pega o valor correspondente ao patrimônio dele e compra outra área. Não vejo problema nisso”, declarou.

Contexto em Mato Grosso: disputas antigas e tensão recorrente

A fala de Blairo retoma um debate antigo no estado. Mato Grosso convive há décadas com conflitos envolvendo demarcações e reivindicações indígenas, sobretudo em áreas de expansão agrícola.

Casos emblemáticos como a TI Marãiwatsédé, a ampliação de terras Bororo e as contestações envolvendo áreas Kayapó, Manoki e Rikbaktsa marcaram gestões anteriores e frequentemente colocaram o governo estadual, produtores rurais e o governo federal em rota de colisão.

Ao longo dos anos, o setor agropecuário tem pressionado pela tese do Marco Temporal e por políticas que garantam compensação aos proprietários afetados — justamente a bandeira defendida por Maggi desde sua passagem pelo executivo estadual e pelo Ministério da Agricultura.

“Governo Lula cumpre agenda de esquerda”, diz Maggi

Questionado se acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido “induzido” a autorizar novas demarcações, como disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, Maggi discordou.

“Não sei se foi induzido. O presidente Lula é bastante inteligente, sabe o que está acontecendo. Ele é um governo de esquerda, foi eleito para isso. Tem uma equipe ligada à esquerda que defende esse tipo de coisa”, afirmou.

Para Maggi, a agenda de demarcações faz parte de uma escolha política definida nas urnas.
“Se não queremos isso, temos que eleger outro presidente no futuro, com outro viés, que faça exatamente o contrário. Para mim, essas coisas são normais da política. O governo se elege com um propósito e tem obrigação de cumprir o que prometeu”, concluiu.

As novas demarcações seguem em debate entre produtores, entidades do agronegócio, lideranças indígenas e o governo federal, e devem continuar como um dos principais pontos de tensão fundiária no estado.

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