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Governo Lula não assina declaração da ONU contra o ditador Daniel Ortega

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Da Redação

 

O governo Lula não aderiu a uma declaração conjunta de mais de 50 países que denunciaram os crimes do ditador Daniel Ortega e se manteve em silêncio diante das denúncias na Nicarágua, durante uma reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU na sexta-feira (3).

Segundo o portal UOL, a decisão do Itamaraty de não pedir sequer a palavra para comentar a crise no governo de Daniel Ortega chamou a atenção tanto de governos da América Latina como em outras partes do mundo. O governo sugeriu uma “nova linguagem” que mantivesse espaço para um diálogo. Mas a proposta não foi aceita e o país optou por não aderir ao texto, considerado como inadequado.

Até governos de esquerda da América Latina como Chile e Colômbia assinaram o documento. O líder esquerdista chileno, Gabriel Boric, chamou Ortega de “ditador”. Peru, Guatemala, Paraguai e Equador também assinaram a declaração conjunta.

Peritos da ONU concluíram que o regime de Daniel Ortega cometeu crimes contra a humanidade e que “violações generalizadas dos direitos humanos que equivalem a crimes contra a humanidade estão sendo cometidas contra civis pelo governo da Nicarágua por razões políticas”.

O grupo apela para que a comunidade internacional imponha sanções às instituições ou indivíduos envolvidos.

“Os supostos abusos – que incluem execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura, privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país – não são um fenômeno isolado, mas o produto do desmantelamento deliberado das instituições democráticas e da destruição do espaço cívico e democrático”, disse o relatório.

O relatório identificou um padrão de execuções extrajudiciais realizadas por agentes da Polícia Nacional e membros de grupos armados pró-governamentais que agiram de forma conjunta e coordenada durante os protestos ocorridos entre 18 de abril e 23 de setembro de 2018. O governo obstruiu qualquer investigação relativa a estas e outras mortes.

De acordo com famílias de vítimas e ativistas da Nicarágua, além de governos estrangeiros, o silêncio do Brasil causou um incômodo. “Parece que o discurso de defesa da democracia se limita à situação interna do país”, afirmou uma fonte na ONU, indignada com a postura de Lula.

A ativista social Bianca Jagger disse, em entrevista ao UOL, que está na hora de o Brasil se posicionar. “Quero fazer um chamado ao presidente Lula: que por favor se pronuncie de uma forma clara e contundente em apoio a povo da Nicarágua, aos prisioneiros políticos, como o bispo Rolando José Alvarez. O Brasil precisa assumir um papel importantíssimo em relação aos nicaraguenses”, disse a ativista.

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