The news is by your side.

Lira retira PL da anistia aos presos do 8/1 da CCJ e atrasa tramitação da proposta

0
RTV Outdoor 1260px X 120px

Da Redação

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para analisar o projeto lei da anistia aos presos do 8 de Janeiro. O relatório do projeto seria discutido e votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, nesta terça-feira (29). Na prática, o movimento atrasa a tramitação da proposta.

Uma comissão especial tem duração de pelo menos 40 sessões do plenário para proferir parecer sobre um assunto. Ainda precisará ser definido quais serão 34 membros titulares e suplentes do novo colegiado, além do presidente e do relator, e estabelecer cronograma antes de votar um novo parecer.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esperavam aprovar o texto na CCJ até esta quarta-feira (30). Se assim ocorresse, restaria apenas a votação no plenário da Casa para que o texto pudesse ir ao Senado.

A decisão de Lira ocorre no momento em que oposição e governo se articulam para a disputa da presidência da Câmara. Faltando pouco menos de cinco meses para a definição da nova Mesa Diretora, o gesto serve para tirar esse texto da discussão em torno das negociações.

Isso porque o projeto de lei é tido pela oposição como a pauta mais importante do grupo, com bolsonaristas dando a condição de apoiar algum candidato caso esse nome apoie a anistia, enquanto governistas articulam forças para barrar a iniciativa.

Candidato à sucessão de Lira, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu ao PT que deixaria o projeto da anistia de fora da campanha eleitoral na Câmara. Segundo Motta, caberia a Lira resolver o assunto até o fim deste ano.

Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tem condicionado o apoio do partido à candidatura de quem se comprometer com a aprovação do PL da anistia. Valdemar também negocia a inclusão do nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na proposta.

O projeto, de autoria do ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), conta com seis outros projetos apensados à proposta principal para conceder a anistia para todos os envolvidos em manifestações de caráter político ou eleitoral.

De acordo com o relator do projeto, deputado Rodrigo Valadares (União-SE), o projeto busca garantir a individualização das condutas, evitando condenações desproporcionais que possam atingir injustamente cidadãos que participaram pacificamente dos protestos.

O relatório do projeto que seria votado na CCJ também aponta violações a princípios do ordenamento jurídico, como a individualização da pena, a proporcionalidade, a dignidade humana e o in dubio pro reo (na dúvida, a favor do réu), princípio jurídico que se aplica quando há dúvida sobre a existência de um fato.

Os atos do dia 8 de janeiro resultaram na prisão de mais de 2.600 pessoas, das quais cerca de 1.800 foram denunciadas e processadas, com muitos ainda detidos.

 

*Com informações do Estadão

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceitarconsulte Mais informação