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Ambulantes protestam contra mudança para o Porto; ‘vamos passar fome lá’

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Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução

Trabalhadores ambulantes da Rua 13 de Junho, em Cuiabá, protestaram em frente a prefeitura, nesta quarta-feira (4), cobrando que sejam realocados para um espaço na região central. De acordo com os manifestantes, o bairro do Porto não seria a mais adequada e devido à baixa circulação de consumidores. Amanhã, quinta-feira (5) é o prazo limite para desocupação das calçadas do centro da capital.

Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da TV Vila Real, o presidente do sindicato dos camelôs, Augusto Ferreira da Silva, anunciou que amanhã os ambulantes não devem colocar as mercadorias nas ruas, por conta da circulação de fiscais e da polícia, mas aguardam uma contraproposta do prefeito.

“Precisamos de uma rua para por esse povo trabalhar, no Porto não tem jeito. O sindicato em si não vai. Nós temos o calçadão, temos os fundos dos Correios, temos vários pedaços de rua que dá pra dividir o povo e a Praça Ipiranga que cabe todo mundo e acabava o problema. A gente vai cuidar, vamos cuidar do espaço, deixar limpo, não acontecer nada, mas queremos ficar no centro”, defendeu.

Augusto ainda argumentou que os lojistas colocam também seus produtos nas calçadas e pediu que seja analisado outro local junto com o prefeito. Ele acrescentou que a partir de amanhã, às 9h da manhã, estarão na Praça Ipiranga e que devem seguir lutando por um local na região central.

Ele ainda informou que o Beco do Candeeiro está descartado como um espaço alternativo.

“Só porque somos pobres e pretos? O prefeito tem que olhar com carinho para o povo, na hora de pedir voto vários vereadores pediram, agora não tem um aqui. Não podem fazer isso com a gente, estamos abandonados, na hora do voto pedem”, desabafou.

Representante dos trabalhadores imigrantes haitianos, Jean Bertho fez um apelo ao prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL) para permanecerem no centro da capital.

“Pode ser o calçadão, Praça Ipiranga, seria bom para a gente trabalhar. Querem nos mandar para o shopping Orla no Porto, mas lá não está bem, a condição está muito feia, lá está morto, o povo vai passar fome lá. Se for qualquer calçadão aqui para nós está bom. Somos 84 haitianos, mas nunca arrumam um jeito da gente trabalhar de forma legal, não procurar lugar certo para a gente trabalha, seria melhor um espaço aqui no centro, até no Morro da Luz, se dessem um lugar pra gente a gente se organizava e fazia até a limpeza”, declarou.

Está prevista para esta quinta-feira (5) uma operação da Secretaria de Ordem Pública para a retirada dos ambulantes que ocupam calçadas na região do Centro Histórico. O prazo foi divulgado no último mês pela prefeitura, que busca combater a “concorrência desleal” e desobstruir as vias e permitir a passagem dos pedestres.

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