NO PEQUENO EXPEDIENTE
“Falar até papagaio fala”, dispara Cattani em resposta a Lúdio em embate sobre requerimento de CPI

Patrícia Neves
O clima esquentou no plenário da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (11) durante o pequeno expediente, quando o deputado Gilberto Cattani (PL) rebateu declarações do deputado Lúdio Cabral (PT), em meio à polêmica sobre a instalação da CPI dos Consignados. Em tom irônico, Cattani disparou: “Falar até papagaio fala”, ao reagir à crítica de Lúdio, que o acusou de surgir como proponente da comissão sem diálogo prévio ou atuação firme no diálogo em defesa dos servidores.
A avaliação do petista sugere que a iniciativa de Cattani teria como objetivo garantir o controle da relatoria da CPI. Em resposta, Cattani reafirmou que a proposta conta com assinaturas dele próprio, da deputada Janaína Riva (MDB), deputado Faissal Calil (Cidadania) e Júlio Campos (União).
Do lado do PT, o deputado Henrique Lopes apresentou requerimento, com assinatura de Lúdio Cabral como coautor, também respaldado pelas assinaturas de Júlio Campos e Janaína Riva. Lídio defendeu que o objeto da investigação é legítimo, mas ponderou que havia um erro na apresentação do requerimento. “Não é o plenário que autoriza diretamente a CPI. O correto é apresentar o requerimento com, no mínimo, oito assinaturas, e aí sim instaurar a comissão”, explicou.
Em sua fala, Cattani reconheceu erros na primeira tentativa de instaurar a CPI, que teria sido arquivada por falta de assinaturas. “Eu erro uma vez, porque errar duas, três, quatro é burrice. E só não consegui as assinaturas porque procurei inclusive os membros do PT, e eles disseram que não assinariam, pois queriam apresentar o requerimento deles, justamente porque querem controlar a CPI. Isso é o mais claro do mundo”, argumentou.