Max Russi defende equilíbrio entre produção e direitos indígenas

Durante o seminário “Justiça Territorial – Respeito aos Direitos Civis nos Processos de Demarcação de Terras Indígenas”, realizado na manhã desta quinta-feira (14), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, destacou a importância de um debate equilibrado e transparente sobre a demarcação de terras indígenas no estado.

Segundo Russi, o tema é sensível à realidade mato-grossense, que é simultaneamente um grande produtor agropecuário e abriga extensas reservas indígenas. Para ele, o seminário é um passo importante para promover o diálogo entre os diversos setores envolvidos, garantindo segurança jurídica tanto para os povos indígenas quanto para o setor produtivo.

“É um tema sensível ao nosso estado. Somos um estado produtor, mas também temos grandes reservas. Precisamos debater isso com tranquilidade, garantindo segurança tanto aos produtores quanto às comunidades indígenas. O seminário é o espaço ideal para ouvir todos os lados e trabalhar em busca de soluções justas”, afirmou o parlamentar.

Russi enfatizou que a escuta ampla e o respeito às diferentes visões dentro das próprias comunidades indígenas são essenciais. Ele citou que há indígenas que defendem a produção como forma de melhorar a qualidade de vida em suas aldeias, enquanto outros preferem manter formas tradicionais de uso da terra. Para o deputado, é necessário encontrar um equilíbrio, sempre com base no diálogo e na legalidade.

“A discussão precisa avançar com responsabilidade. O indígena também tem direito a ter acesso a bens de consumo, qualidade de vida, saúde. Temos exemplos de regiões em que a produção agrícola contribuiu significativamente para melhorar os indicadores sociais nas aldeias”, disse.

O presidente da AL ainda alertou para problemas enfrentados por comunidades onde não há produção suficiente para garantir condições mínimas de sobrevivência, como alta taxa de mortalidade infantil, subnutrição e casos de endemias. Para ele, permitir a produção em certas áreas pode ser uma saída para enfrentar essas dificuldades.