"NEXO DE CAUSALIDADE"
Vereador Daniel Monteiro avalia pedido de impeachment de prefeito, mas diz que não deve prosperar
Patrícia Neves
Em sessão legislativa, parlamentar destacou ausência de nexo de causalidade entre atos do Executivo e a justificativa apresentada no decreto
O vereador Daniel Monteiro se manifestou nesta terça-feira (26) sobre o pedido de impeachment contra o prefeito do município, atualmente em tramitação na Câmara. Durante seu pronunciamento, afirmou que, apesar de estar analisando o documento, considera improvável que a solicitação avance na Casa.
Monteiro ressaltou que o principal ponto de questionamento é a ausência de conexão direta — o chamado “nexo de causalidade” — entre os atos administrativos atribuídos ao prefeito e os fundamentos apresentados no decreto que embasa o pedido.
“Estamos falando da ligação, da conexão, daquilo que chamamos de nexo de causalidade entre os atos praticados pelo prefeito e o decreto que estabelece esses atos administrativos supostamente irregulares. Para mim, sinceramente, não há elementos sólidos que justifiquem um processo de impeachment neste momento”, afirmou o vereador.
O parlamentar também reforçou que o pedido será analisado com seriedade, mas deixou claro seu posicionamento quanto à baixa viabilidade da proposta. “Hoje, ele [o pedido] tem uma base muito frágil. É importante que a gente se posicione de forma clara, inclusive para que a população entenda e não fique presa a debates estéreis. Não há chance nenhuma desse pedido prosperar hoje”, declarou.
Ainda assim, Daniel Monteiro garantiu que fará a leitura completa do documento e dará um parecer baseado “exclusivamente nos aspectos jurídicos e legais” apresentados.
O pedido de impeachment foi protocolado por um grupo de cidadãos e aponta possíveis irregularidades na condução de atos administrativos por parte do Executivo municipal. A Câmara ainda irá definir os próximos passos do processo.