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Integridade como pilar da Governança e combate à corrupção

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Cristhiane Brandão
A Avenida Faria Lima é um dos símbolos do nosso país: negócios pulsando, inovação acontecendo, poder circulando. Mas o Brasil tem visto essa imagem ser manchada repetidas vezes por escândalos de corrupção e má gestão. A Operação Carbono Oculto foi mais um exemplo recente, mostrando que nem mesmo os setores mais “blindados” estão livres quando falta governança.
De fintechs a bancos tradicionais, as investigações revelaram falhas em compliance, auditoria e governança. O recado é direto: governança não é luxo, não é moda, é condição de sobrevivência. Sem ela, a credibilidade e a confiança se desfazem rápido.
Não faltam exemplos: Americanas S.A. (2023), um rombo contábil de R$ 20 bilhões, uma das maiores perdas de valor da história da B3; a Lava Jato (2014), com esquemas bilionários de corrupção envolvendo grandes empresas e políticos; e a fraude do INSS (2025), em que houve cerca de R$ 6 bilhões desviados de aposentados e pensionistas.
Tudo isso ajuda a explicar a pior nota do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção em 2024: 34 pontos, 107ª posição mundial. Um sinal de alerta que não pode ser ignorado. E se alguém ainda acha que falar de integridade é “detalhe”, vale lembrar: investidores, consumidores e reguladores não perdoam incoerência.
O próprio IBGC, na 6ª edição do seu Código de Melhores Práticas (2023), deixou claro que a integridade agora é um dos cinco pilares centrais da governança. É cultura ética, coerência entre discurso e prática, lealdade às pessoas, ao negócio e à sociedade.
É verdade que muitas empresas já avançaram. Pesquisas mostram que 71% delas adotaram práticas ESG mas também revelam um risco: muitos líderes já começam a questionar a relevância do tema. O desafio é sair do discurso e mostrar consistência.
Bons exemplos não faltam, entre elas, a Suzano, que alia produção de papel e celulose à conservação de corredores ecológicos; e a Amaggi, com sede em Mato Grosso, que garante rastreabilidade e compromissos de desmatamento zero no agronegócio. Essas empresas provam que governança séria, sustentabilidade e competitividade andam juntas.
Em resumo, não há governança sem integridade. Escândalos custam caro demais em dinheiro, em reputação e em confiança. Já a ética protege ativos, fortalece equipes, atrai talentos, estimula inovação e constrói relações duradouras.
Como diz um provérbio grego: “Quando um homem planta árvores sob cuja sombra sabe que nunca vai se sentar, ele começa a entender o sentido da vida.” Governança é isso, pensar no hoje com olhos no amanhã. Em um país onde a corrupção insiste em aparecer nas manchetes, integridade não é só escolha, é imperativo. O convite que faço é simples: vamos viver essa jornada juntos.
Cristhiane Brandão, Conselheira de Administração, Consultora em Governança para Empresas Familiares e  Vice-Coordenadora Geral do Núcleo Centro-Oeste do IBGC.
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