TENTATIVA DE CONSENSO
Abílio diz que Valdemar buscará consenso entre Wellington e Pivetta por candidatura única da direita em MT
Kamila Araújo

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirma que presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, deverá atuar diretamente para mediar um consenso entre o senador Wellington Fagundes (PL) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), com o objetivo de unificar a candidatura da direita ao governo de Mato Grosso nas eleições de 2026.
O gestor municipal frisa que, tanto Wellington quanto Pivetta são nomes bem avaliados dentro do grupo político bolsonarista e possuem relações próximas com a cúpula do partido, o que fortalece a possibilidade de entendimento entre ambos.
“O presidente Valdemar vai tomar essa decisão sobre a candidatura ao governo. Acredito que o Wellington e o Pivetta vão conversar com ele para que seja definido como será esse processo. São dois pré-candidatos muito próximos da gente. Gostamos dos dois, temos bom relacionamento com os dois”, declarou o prefeito.
Questionado sobre a possibilidade de uma chapa unificada da direita, Abílio sinalizou que esse é o cenário mais provável, embora a definição dependa diretamente das conversas entre os pré-candidatos e a direção nacional do partido.
“Acredito que eles devem chegar a um entendimento. Com o processo se aproximando, em breve essa decisão será tomada. O mais provável é que haja uma candidatura única, mas eles precisam conversar para isso.”
O prefeito ainda negou que exista qualquer tipo de disputa interna que o envolva diretamente e rejeitou a ideia de que estaria em “queda de braço” com os possíveis postulantes ao governo estadual.
“Não tem queda de braço comigo. Eu não sou candidato no ano que vem. Então, não há disputa nesse sentido”, respondeu Abílio, ao ser questionado sobre eventuais atritos.
União da direita
A construção de uma candidatura única da direita ao Palácio Paiaguás tem sido apontada por lideranças do PL e partidos aliados como estratégia fundamental para evitar a fragmentação do eleitorado conservador e viabilizar um nome competitivo com base no apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar disso, tanto Wellington Fagundes quanto Otaviano Pivetta seguem se movimentando nos bastidores, participando de agendas regionais e articulando com suas bases políticas.