Adolescente é responsabilizado por tentativa de homicídio em ataque a colega dentro de escola em Rondonópolis

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o ataque ocorrido na Escola Estadual Domingos Aparecido dos Santos, em Rondonópolis, onde uma aluna de 13 anos foi esfaqueada dentro da sala de aula por um adolescente de 16 anos. O rapaz será responsabilizado por ato infracional análogo aos crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal, sendo apontado como autor direto das facadas e mentor da ação, que, segundo a investigação, foi praticada sozinho no momento da agressão.

O ataque ocorreu no último dia 10, quando o suspeito golpeou a vítima com um canivete na virilha, no abdômen e no peito — este último ferimento perfurou o pulmão da estudante. Outro aluno, de 15 anos, tentou socorrer a colega e acabou ferido nas mãos.

Durante as investigações, a polícia ouviu alunos, funcionários e familiares dos envolvidos. A perícia técnica analisou o canivete e outros objetos recolhidos na cena. Os laudos oficiais, incluindo o exame de corpo de delito da vítima, ainda estão em fase de conclusão pela Politec.

Conforme as apurações, o adolescente de 16 anos teria agido de forma premeditada, utilizando o canivete fornecido por outro estudante, de 15 anos, identificado como partícipe. O segundo menor, apesar de saber do plano, não tentou impedir o ataque, de acordo com o relatório policial. Ele vai responder em liberdade, salvo nova decisão judicial.

Em depoimento, a vítima negou ter praticado bullying contra o agressor. No entanto, testemunhas, entre elas o irmão da menina, relataram que ela costumava fazer comentários pejorativos sobre o rapaz, chamando-o de “magrelo” e “palito”.

Após o crime, o adolescente agressor foi apreendido e encaminhado ao sistema socioeducativo, onde permanecerá internado por 45 dias, prazo inicial que poderá ser prorrogado conforme decisão judicial.

A estudante Ketlin Ribeiro Félix, de 13 anos, passou por cirurgia e recebeu alta do Hospital Regional no dia 14 de novembro. Ela segue em recuperação e deve ser ouvida novamente pelo Ministério Público durante o andamento do processo.