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POLÊMICA

“Meu pai perdeu a vida naquela terra. Morreu no dia do aniversário da minha mãe”: herdeiro contesta versão da Prefeitura

Da Redação

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A Câmara Municipal de Cuiabá recebeu, nesta terça-feira (2), José Pinto, filho do proprietário da área do ‘Contorno Leste’,  que o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini,  anunciou para regularização fundiária de cerca de duas mil famílias. Em um depoimento marcado por emoção, José contestou a versão divulgada pela Prefeitura e afirmou que a família já havia doado 5 hectares da propriedade, doação que, segundo ele, não foi aceita pelo município.

José Pinto rebateu o argumento de que a Prefeitura teria buscado diálogo com a família. Ele relatou que o anúncio feito pelo Executivo não foi fruto de negociação, mas de uma comunicação unilateral. “Foi uma comunicação, uma atitude compulsória. A gente não teve opção de escolha. O prefeito, em nenhum momento, chamou a família para conversar e entender nossos interesses. O que houve foi apenas comunicado”, afirmou.

O herdeiro, porém, explicou que o processo não ocorreu sem interlocução institucional, citando que a família sempre esteve aberta à negociação com diferentes órgãos.
“É um processo longo, já passa de dois anos. Sempre procuramos a Prefeitura, e a Prefeitura também nos procurou. O Ministério Público, o Tribunal de Justiça, todos participaram em algum momento. Era uma negociação ampla”, disse.

Segundo ele, a família decidiu expor publicamente sua posição porque informações consideradas essenciais não foram divulgadas. “O meu intuito aqui não é atacar ninguém, não é criar conflito. É restabelecer a verdade. A gente doou 5,7 hectares no ponto mais alto da área, livre de enchentes, com vias de acesso. Mas a Prefeitura, por razões que desconhecemos, não aceitou essa doação. Isso nunca foi informado”, declarou.

José também mencionou que o critério para a escolha da área doada seguiu parâmetros do Governo do Estado, com base em relatórios técnicos.

Visivelmente emocionado, ele reforçou que o debate não é financeiro, mas envolve a memória de seu pai, que, segundo relatou, teria sofrido perseguições e pressões enquanto vivo.

“Desculpa, não é questão de valor. Não é dinheiro. Meu pai perdeu a vida naquela propriedade. Ele trabalhou a vida inteira ali. Eu nasci e cresci ali. Meu pai foi humilhado, massacrado… e perdeu a vida no dia do aniversário da minha mãe. Não é sobre dinheiro”, desabafou, arrancando silêncio do plenário.

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